Estes últimos anos têm sido cruciais para a comunidade LGBT. Em vários países, a igualdade de
direitos e o reconhecimento na sociedade são quase tangíveis. Enquanto que em outras
sociedades, a marginalização e a discriminação estão na ordem do dia. Dentro
deste panorama de mudanças sociais que se tornam mais visíveis, não é
de si estranhar que vários tabus desapareçam e tornem-se parte de uma diversidade
mais aceita. Um desses casos seria a de relações soro-discordantes, aquelas
que são moldadas por uma pessoa HIV positivo e uma HIV negativo.
Ter HIV não é motivo para se fechar para a
possibilidade de amar e ser amado. Mas amar alguém é proteger e cuidar. Por
isso, o ideal é que esses casais mantenham sua sorodiscordância em status,
evitando danos a saúde dos não utentes. Para evitar a transmissão do vírus,
deve-se ter em conta uma série de precauções.
A
comunicação dos parceiros é importante (isto não deve ser algo exclusivo para casais
sorodiscordantes). Não seria justo não saber o status de HIV de seu parceiro(a). Além
disso, serve para fortalecer os laços e gerar um espaço de confiança e
compreensão.
A pessoa
HIV+ deve se tratar com uma boa adesão. Este compromisso com o tratamento traz como resultado uma carga viral mais baixa nos fluidos, tais como sangue e sêmen, por conseguinte, um menor risco de infecção. Enquanto em tratamento,
excluir a possibilidade de praticar bareback (sexo sem preservativos).
O sexo seguro não deve ser opcional. O preservativo ainda é uma grande barreira preventiva na
transmissão das DST e HIV-AIDS.
A
circuncisão masculina também é
uma boa alternativa para evitar a propagação do HIV em homens
homossexuais com um papel ativo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a infectividade do HIV é 60% menor em homens circuncidados. A
circuncisão reduz também o risco de transmissão de outras doenças sexualmente
transmissíveis tais como gonorreia ou sífilis.
Os testes
de HIV devem ser realizados periodicamente. O ideal é que seja feito a cada seis meses para
verificar se você contraiu o vírus. Há também a pré profilaxia e a
pós profilaxia que reduz significativamente o risco de contágio, o que é
sempre latente.
Pessoas
soropositivas podem manter uma vida sexual saudável e responsável, quer com os
seus parceiros românticos ou qualquer outra pessoa que escolham. Sim,
comunicar o seu estado e tomar as precauções adequadas são responsabilidades
que incumbem a todos, soropositivos ou soronegativos.
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