Jovem gay é surrado e torturado até a morte no centro de SP. A PM registra como suicídio. A população se cala.
Por Guilherme Lima
Mais um fato tratado como banalidade. Um jovem rapaz gay chamado Kaique A. Batista, foi encontrado morto, desfigurado e com uma barra de ferro em uma das pernas na madrugada do dia 11 na capital paulista. E agora você tente imaginar como o caso foi registrado pela policia paulista.
Foi registrado como suicídio.
Essa fato, estarrecedor, não causa um terço da revolta popular como nos casos do ''rolezinhos''. Onde até a justiça interviu para evitar tais atos, e o governo federal se preparar para discutir (leia-se reprimir) os passeios pelas nobres lojas dos shoppings.
É obvio que não se trata de um caso de suicídio do jovem Kaique. A própria família revela que o jovem não tinha nenhum traço suicida e era um jovem feliz.
Onde estão os representantes do Estado nesse momento? Será convocada alguma reunião para discutir medidas contra a homofobia e os crimes de ódio? E a mídia tradicional, por que não entopem os noticiários com essa noticia para que ao menos se faça refletir nesse país que elege Felicianos, Malafais e Bolsonaros da vida?
O jovem Kaique, como tudo indica foi morto com um requinte de crueldade assombroso. O jovem teve todos os dentes arrancados pela raiz, diversos hematomas espalhados pelo corpo e uma barra de ferro atravessada na perna. Mesmo com todos esses sinais, a Secretaria da Segurança Pública prefere não se manifestar até sair o laudo.
Mas fique tranquilo. Tudo isso irá passar. A PLC-122 foi engavetada, o Brasil colorido está pronto para receber a Copa do Mundo, e nada disso será lembrado.
FONTE: http://www.folhasocial.com/
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