terça-feira, 27 de outubro de 2015

JESUS, DON QUIXOTE E A GUERRA CRISTÃ QUE NÃO EXISTE


Pobre Don Quixote!
Ele desperdiçou sua vida girando moinhos de vento gigantes!
Sua mente, tão desesperadamente ferida queria uma guerra, tanto, que torceu a realidade para fabricar uma; dando-lhe um inimigo muito necessário para provar-se como herói.
Quixote media seu valor puramente pela batalha e toda que realmente lutou foi contra si mesmo. Sua identidade como guerreiro corajoso era apenas uma miragem, sonhou para justificar a luta.
Essa parece muito com a história que o cristianismo se encontra hoje; pessoas irremediavelmente presas a necessidade perpétua de uma guerra santa, desesperados por conflitos, dependentes de um perigo iminente que exige defesa vigorosa.
A cada dia os "seguidores de Jesus" avançam no medo para mobilizar os fiéis, implorando aos crentes que "salvem o Brasil", "transformem a nação ao seu redor" para "ganhá-la de volta para Jesus". Ministérios inteiros são construídos sobre a imagem do campo de batalha sangrento e a horda sem Deus se aproximando por todos os cantos.
E os bandidos do dia são as religiões de matrizes afro, LGBT, feministas, ateus e mídia. Os gritos que ecoam de suas gargantas são bastante semelhantes: "Essas pessoas são inimigas de Deus e de nossa justa causa. Atualmente, estão a conspirar e projetar nossa morte, e, sem guerra, nosso fim é iminente."
Gigantes moinhos de vento.
Olhem ao redor amigos! Simplesmente não há uma conspiração organizada contra os cristãos lá fora; não há reuniões clandestinas bem organizadas em salas com fumo, da mesma forma que não há massas tentando descobrir como poluir a cultura e tirar o povo brasileiro das mãos de Deus. Não é assim que funciona a vida, as pessoas geralmente vivem suas vidas como indivíduos e não como membros de um grupo que gosta de si misturar para alimentar nossa narrativas amplamente desenhadas.
A maioria das pessoas estão simplesmente tentando viver seu dia a dia e fazer seu trabalho; conduzir seus relacionamentos, evitar o tráfego, e ganhar seu pão. Derrubar o país geralmente não se encontra em suas agendas, e nós, talvez, não devêssemos agir como se precisássemos resgatá-los.
Estou tão cansado da retórica de guerra e de combate das posturas religiosas e suas linhas de batalha, dos ministérios, igrejas e denominações que dependem tão plenamente da urgência do combate iminente.
Estou profundamente preocupado por uma tradição de fé que foi sequestrada das mãos poderosas e estáveis de Jesus e entregue ao comando de soldados nervosos do "exército do Senhor", que prefere lutar com moinhos de ventos do que alimentar os pobres, cuidar dos doentes, visitar os encarcerados e fazer do "amar ao próximo como a si mesmos" o seu negócio.
Acontece que uma guerra aqui, muito mais perto do que imaginamos. Ela está esperando o exército ou gigantes invisíveis.
Na verdade, ela encontra-se no mesmo lugar em que Jesus diz habitar o Reino: dentro de nós. Esse é o campo de batalha onde há ganhas e percas materiais. Não há uma guerra cultural a travar. Não, é só nosso conflito interno e nossa resposta em relação a ele.
Como resultado, nós cristãos brasileiros, não precisamos juntos "transformar a nação a nosso redor" nem "trazê-la de volta" ou ganhar uma guerra externa contra.................. Essas crises que servem como como combustíveis vazios para uma fé privada de substâncias fabricadas.
Nós não precisamos debater-nos sem fôlego em cada vento que cruza nossos caminhos.
Precisamos apenas olhar no espelho, enfrentar nossa bagunça pessoal, sem vacilar, viver nossas vidas individuais de uma forma que reflita a vida de Jesus em nosso tempo. Essa é a luta. Chegar a ser o vilão ou herói de nossa história. Matamos o gigante quando respondemos ao mundo com amor.
Cristãos e os que lideram nossas igrejas precisam parar de fabricar bichos papões culturais e sinistras ameaças morais e de reunir tropas para lutar contra inimigos imaginários. Isso é um preguiçoso e barato cartão para se jogar, com retornos cada vez menores.
Se vamos começar uma briga, então que ela seja digna. É melhor que seja em um monte santo e que vala a pena morrer por ela.
Amigos verifique que a única verdadeira guerra é a que se trava internamente; uma decisão diária sobre sermos ou não amorosos, compassivos e clementes. É a batalha contínua para termos um coração semelhante ao de Cristo.
Então, desça de seu cavalo, jogue fora suas armas e vença essa maldita guerra. Caso contrário, estaremos apenas nos iludindo, perdendo tempo e guerreando com moinhos de vento.

Baseado no texto de John Pavlovitz.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O MAIOR FALSO ÍDOLO DO CRISTIANISMO EVANGÉLICO MODERNO.


A idolatria é uma coisa perigosamente ruim!
E, infelizmente hoje, muitos cristãos são os culpados disso.

Pode-se vê-lo na forma de como se queixam da mídia social, como comentam a notícia do dia; no derrotismo, na linguagem alarmista que usam quando descrevem o mundo.
Percebemos na maneira que sulcam suas sobrancelhas, gesticulam suas mãos e quando batem em seus púlpitos.
Mostram-se nos estereótipos preguiçosos e em suas retóricas religiosa que flui tão facilmente em blogs extremistas e tornam-se assuntos divertidos nos chats e cafés da igreja.

É como se tudo agora tivesse se tornado uma ameaça iminente: os muçulmanos, ateus, LGBT, feminismo, terreiros, presidente, aborto, governo, discussão de gênero nas escolas.
O mundo exterior do edifício da igreja é amplamente pintado como uma zona de guerra vil e imoral, com o "povo de Deus" irremediavelmente em desvantagem e desarmado.

Os politizados partidários midiáticos repetem e respondem as últimas e terríveis notícias, perpetuam a confortável narrativa (em grande parte 'branca') evangélica da iminente destruição, e deixam nítido a cada oportunidade: O céu está caindo sobre esta Terra maldita.
Apesar de seus altos e repetitivos gritos confiantes proclamarem Cristo como Senhor, eles, na realidade não praticam a fé em um Deus que tenha qualquer poder real, qualquer controle verdadeiro, um Deus sem onisciência. Parecem crer em uma divindade castrada que não seja capaz de lidar com tudo o que acontece.
Ele perdeu sua onipotência do Antigo Testamento.

Dizem timidamente "Posso todas as coisa naquele que me fortalece" citando a Bíblia e gritam em megafones "o juízo de Deus está chegando", logo percebemos que o Imperador está totalmente nu.

Há tempos que muitos evangélicos com seus discursos espirituais religiosos são tigres de papel, alto vestido de suas religiões.

A verdade é que o medo se tornou seu falso Deus, que adoram com uma devoção eterna e completa.
Os sintomas do medo idólatra são bastante fáceis de detectar.

Quando não temos a certeza que Deus está aqui ou se realmente virá, começamos a gastar a maior parte de nosso tempo defendendo-o à revelia. Nos tornamos inquisidores autonomeados da Verdade, cuja missão é fazer a obra sagrada de policiar o mundo.

Gasta-se muito tempo chamando o mal, a previsão de desastres e a condenação.

Quando o medo é nosso Deus nos especializamos em Gestão Exterior de Pecado. Lentamente, mas em última análise, concentramos toda a nossa atenção nas coisas das outras pessoas que certamente acreditamos estarem longe de Deus, e, fazemos tudo o que é de mais sagrado para modificar seu comportamento em nome de Jesus.

Quando nosso Deus não é grande o suficiente, fazemos aos outros aquilo que decidimos ser a Sua vontade, em vez de realmente confiar que Ele possa fazer tudo sozinho. 
Realmente sinto pelos cristãos cujo Jesus parece-lhes tão essencial para salvação pessoal em sua vida pós-morte, mas tão irrelevante para a vida que vivemos agora.

Como Ele pode salvar almas, mas correr assustado quando ouve falar em casamento LGBT?
Ele é realmente Deus? É realmente uma divindade?
É aquele de quem o salmista escreveu: "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos" Salmos 19:1.
É o Deus que falou ao mundo, acalmou tempestades e mares, curou cegos e ressuscitou mortos?

Oro tanto para que minhas irmãs e irmãos evangélicos em Cristo parem de adorar o falso ídolo do medo.
Oro para que reconheçam um Deus que é digno, não apenas de se defender, mas de passar confiança.
Oro para que tenham humildade e alegria de colocar sua fé em algo maior do que em si mesmos e das coisas que temem.
Todos os dias, mesmo com toda adversidade, minha segurança cresce.
Eu sei quão grande meu Deus é!
E você?

Baseado no texto de John Pavlovitz.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ADOÇÃO HOMOPARENTAL: MITOS E REALIDADE,


A adoção existe há muitos anos, mas só recentemente levantou-se a questão da adoção por pessoas LGBT.
Há muitos órfãos no mundo e não há famílias suficientes para levá-los. Não há muitas famílias que queiram adotar crianças, ou por não terem condições, ou por terem seus próprios filhos ou simplesmente por não quererem filhos. O resultado final é uma superabundância de crianças órfãs que precisam de uma família amorosa. Não há solução para este problema? Adoção LGBT. Há uma quantidade crescente de casais formados por pessoas LGBT em todos os lugares que gostariam de ter filhos, mas ainda é ilegal em algumas partes do mundo. Por todo nosso país e, em outros países, há crianças que aguardam adoção e pais e mães amorosos que gostariam de acolher crianças em suas casas, mas estão proibidos de fazê-lo. Esses pais e mães não fizeram nada de errado e possuem as mesmas habilidades e recursos que outros pais e mães em potencial, e ainda assim não estão autorizados a dar a uma criança tudo o que ele ou ela precisam, amor, proteção e segurança. Então, por que esses pais e mães potenciais são proibidos de adotar? A discriminação e o preconceito são a principal causa deste ato inconstitucional. A adoção por casais LGBT deveria ser legalizada em todos os lugares, porque qualquer um que é capaz de satisfazer as exigências de ser um pai ou uma mãe amorosa merece fazê-lo, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, e, as crianças seriam gratas por seus pais e mães amorosos.
A última década assistiu a um forte aumento de pessoas LGBT que formam suas próprias famílias através da adoção, inseminação artificial e outros meios. Os pesquisadores estimam que o número total de crianças em todo o mundo que vivem com pelo menos um pai ou mãe LGBT varia de seis a 14 milhões.
Ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta uma escassez crítica de pais e mães adotivas. Como resultado, centenas de milhares de crianças neste país estão sem casas permanentes. Estas crianças estão por meses, e até anos, dentro de lares de cuidados públicos ou privados e carecem de pais e mães adotivos qualificados.


PESQUISA: VISÃO DA ADOÇÃO HOMOPARENTAL¹.

Toda investigação até hoje tem chegado a mesma conclusão sobre a parentalidade de gays e lésbicas: Os filhos de casais gays e lésbicas crescem com tanto sucesso como os filhos de pais heterossexuais. Na verdade, nenhum estudo encontrou filhos de pais gays e lésbicas em desvantagens por causa da orientação sexual de sues pais e mães. Outras principais conclusões incluem:
  • Não há nenhuma evidência que sugira que gays e lésbicas sejam impróprios para serem pais ou mães.
  • Ambientes domésticos com pais gays e mães lésbicas são tão propensos a apoiar com sucesso o desenvolvimento da criança como os de lares heterossexuais.
  • Bons pais e boas mães não são influenciados pela orientação sexual. Pelo contrário, é muito mais influenciado pela capacidade de um pai ou mãe criar um lar amoroso e estimulante, uma habilidade que independe da orientação sexual.
  • Não há nenhuma evidência que sugira que os filhos de pais gays e mães lésbicas sejam menos inteligentes, sofram mais problemas, sejam menos populares, ou tenham baixa auto-estima do que filhos de casais heterossexuais.
  • Os filhos de pais gays e mães lésbicas crescem felizes, saudáveis e tão bem ajustados quanto os filhos de pais heterossexuais.
A CRISE NA ADOÇÃO E NOS LARES ADOTIVOS
Hoje, há uma escassez crítica de pais e mães adotivas no Brasil. Como resultado, muitas crianças não tem lares permanentes, enquanto outras são obrigadas a sobreviver em uma série interminável de lares adotivos desclassificados. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção estima-se que 40 mil crianças vivam em abrigos. E, 32,36% dos casais que pretendem adotar crianças optam exclusivamente por lactantes, brancas e saudáveis.
Há muitas evidências que documentam os graves danos sofridos por crianças sem casas permanentes que são colocadas em lares adotivos desclassificados. As crianças frequentemente se tornam vítimas do "embaraço assistencialista" em que são movidas de lar temporário para casas temporárias. Uma criança colocada em orfanatos pode passar por 20 ou mais casas até que chegue aos 18 anos. Não é de surpreender, portanto, que o assistencialismo a longo prazo esteja associado ao aumento de problemas emocionais, delinquência, abuso de substâncias e problemas acadêmicos².
A fim de encontrara mais e melhores famílias para crianças sem casas, a adoção e a política de assistência social está cada vez mais inclusiva ao longo das últimas décadas. Embora a adoção já tenha sido vista como serviços oferecidos aos inférteis de classe média, em grande parte, casais brancos que procuravam crianças da mesma raça e saudáveis, essas políticas têm se modernizado. Nas últimas duas décadas, as agências de bem-estar infantil mudaram suas políticas para tornar a adoção e o acolhimento familiar possível para uma gama muito mais ampla de adultos, incluindo outras famílias, indivíduos mais velhos, famílias com outros filhos, famílias monoparentais (masculino e feminino), pessoas com limitação físicas, famílias LGBT e uma ampla gama econômica. Essas mudanças são muitas vezes controversas no início. De acordo com a CWLA (Child Welfare League of América de Washington) "Em um ou outro momento, a inclusão de cada um desses grupos causam controvérsias. Muitos indivíduos bem intencionados opõem-se vigorosamente a inclusão deles como potenciais adotantes e, expressam preocupações de que as normas estão sendo reduzidas de uma maneira que poderá danificar a área da adoção".
Como resultado do aumento da abrangência da adoção moderna e de políticas assistenciais, milhares de crianças agora têm casas com pais e mães qualificadas.
MITOS VERSUS FATOS
Mito: A única casa aceitável para uma criança é a que têm uma mãe e um pai casados um com o outro.
Fato: As crianças sem casas não têm a opção de escolher entre uma mãe e um pai casados ou não ou quaisquer outros tipos de pais e mães. Estas crianças não têm nem pai nem mãe, casados ou solteiros. Simplesmente não há número suficiente de pais e mães casadas que estejam interessadas em adoção. Dados revelam que o número de autorização de adoção vem caindo (DF em 2010 foram 195 adoções, já em 2011 foram 144) segundo o Conselho Nacional de Adoção. Nossas políticas de adoção têm que lhe dar com a realidade, ou essas crianças nunca terão um lar estável e amoroso.
Mito: As crianças precisam de um pai e uma mãe que tenham modelos masculinos e femininos adequados.
Fato: As crianças sem casas não têm nem pai nem mãe como modelos. E as crianças recebem seus modelos a partir de muitos lugares além de seus pais. Estes incluem avós, tios e tias, professores e professoras, amigos e amigas e vizinhos. Em uma avaliação caso a caso, profissionais treinados podem garantir que a criança a ser adotada ou colocada em um orfanato esteja indo para um ambiente com modelos adequados de todos os tipos.
Mito: Pessoas LGBT não têm relações estáveis e não sabem como ser bons pais ou mães.
Fato: Como outros adultos neste país, a maioria dos homens e mulheres homossexuais estão comprometidos em um relacionamento estável. É verdade que algumas dessas relações têm problemas, assim como nos relacionamentos heterossexuais. O processo de triagem de adoção é muito rigoroso, incluindo visitas domiciliares e entrevistas extensivas de futuros pais. Ele é projetado para filtrar as pessoas que estão qualificadas para serem ou não aprovadas ou aprovados, por qualquer que seja o motivo. Toda evidência mostra que pessoas LGBT podem ser e são bons pais e mães. A Associação Americana de Psicologia em um relatório recente de pesquisa observou que "nem um único estudo descobriu que filhos de pais gays e mães lésbicas estejam em desvantagem em qualquer aspecto significativo em relação aos filhos de pais heterossexuais", e concluiu que "ambientes domésticos fornecidos por famílias LGBT são tão prováveis, como os prestados por famílias heterossexuais, para apoiar e permitir o crescimento psicossocial das crianças" (American Psychological Association, Lesbian and Gay Paranting: A Resource For Psychologists '1995'). É por isso que a Child Welfare League of America, a mais antiga organização de defesa das crianças dos EUA, e o Conselho Norte-Americano de Crianças adotáveis dizem que famílias LGBT que procuram adotar, devem ser avaliadas apenas como os outros candidatos a adoção.
Mito: As crianças criadas por pais gays e mães lésbicas são mais propensos a serem homossexuais.
Fato: Toda evidência disponível demonstra que a orientação sexual dos pais não têm impacto sobre a orientação sexual de seus filhos e, eles não são mais propensos do que qualquer outra criança a se tornar homossexual³. Há algumas evidências de que os filhos de pais gays e mães lésbicas sejam mais tolerantes a diversidade, mas isso certamente não é uma desvantagem. Certamente alguns filhos e filhas de lésbicas ou gays sejam pessoas LGBT, assim como alguns filhos de pais heterossexuais. Estas crianças terão a vantagem adicional de serem criados por pais e mães que os apoiem e aceitam em um mundo muitas vezes hostil.
Mito: As crianças que são criadas por pais gays e mães lésbicas serão submetidos a assédios e serão rejeitados por seus pares.
Fato: As crianças zombam de outras crianças por todos os tipos de razões: muito baixo ou muito alto, magro ou gordo, por ser de raça ou religião diferente, por falarem uma língua diferente etc. As crianças mostram notáveis resistências, especialmente se a elas for fornecido um ambiente familiar estável e amoroso. As crianças em um orfanato podem enfrentar um tremendo abuso de seus pares por serem aparentais. Essas crianças muitas vezes interiorizam o abuso, e as vezes se sentem indesejadas. Infelizmente, elas não têm apoio emocional de uma família permanentemente amorosa para ajudá-las através destes tempos difíceis.
Mito: Lésbicas e Gays são mais propensos a molestar crianças.
Fato: Não há ligação entre homossexualidade e pedofilia. Toda evidência científica legítima mostra que, orientação sexual, seja hetero, homo ou bissexual é uma atração de adulto para adulto. Pedofilia, por outro lado, é uma atração sexual de um adulto por uma criança. Um estudo mostrou que de 269 casos de abuso sexual de crianças, apenas dois infratores eram gays ou lésbicas. Dos casos estudados envolvendo abuso sexual de um menino por um homem, 74 por cento dos homens eram ou estavam em um relacionamento heterossexual com a mãe do menino ou outro parente do sexo feminino. O estudo conclui que "o risco de uma criança ser molestada por seu parceiro heterossexual ou de uma parente sua é 100 vezes maior do que por alguém que possa ser identificado como homossexual, gay ou lésbica ou bissexual4".
Mito: Crianças criadas por Gays e Lésbicas serão criadas em um ambiente "imoral".
Fato: Há todos os tipos de divergências neste país sobre o que é moral e o que é imoral. Algumas pessoas podem pensar que criar os filhos sem religião é imoral, mas os ateus estão autorizados a adotar e serem mães e pais adotivos. Algumas pessoas podem pensar que beber e jogar (jogos de azar) é imorais, mas essas coisas não identificam alguém na avaliação como pai ou mãe adotivos. Se nós eliminarmos todas as pessoas que poderiam ser consideradas "imorais", não teríamos quase ninguém neste país para adotar nossas crianças. Essa não pode ser a solução certa. O que provavelmente todos concordam é que imoral é deixar crianças sem lares enquanto há tantos pais e mães qualificados para criá-las. E isso é o que muitas pessoas LGBT podem oferecer.
NOTAS:
1 Ver: American Psychological Association. Lesbian and Gays Parenting: A Resource for Psychologists, District of Columbia, 1995; Child Welfare League of America, Issues in Gay and Lesbian Adoption; Proceedings of the Fourth Annual Peirce-Warwick Adoption Sympossium, District of Columbia, 1995.

2 Eagle, R., "The Separation Experience of Children in Long Term Care: Theory, Resources, and Implications for Practice," The American Journal of Orthopsychiatry. Vol. 64, pp. 421-434 (1994); Robert, G., et al., "A Foster Care Resource Agenda For the Ô90's," Child Welfare Vol. LXXIII, No. 5, pp. 525-552 (1994). 
3 Ver: Bailey, J.M., Bobrow, D., Wolfe, M. & Mikach, S. (1995), Sexual orientation of adult sons of gay fathers, Developmental Psychology, 31, 124-129; Bozett, F.W. (1987). Children of gay fathers, F.W. Bozett (Ed.), Gay and Lesbian Parents (pp. 39-57), New York: Praeger; Gottman, J.S. (1991), Children of gay and lesbian parents, F.W. Bozett & M.B. Sussman, (Eds.), Homosexuality and Family Relations (pp. 177-196), New York: Harrington Park Press; Golombok, S., Spencer, A., & Rutter, M. (1983), Children in lesbian and single-parent households: psychosexual and psychiatric appraisal, Journal of Child Psychology and Psychiatry, 24, 551-572; Green, R. (1978), Sexual identity of 37 children raised by homosexual or transsexual parents, American Journal of Psychiatry, 135, 692-697; Huggins, S.L., (1989) A comparative study of self-esteem of adolescent children of divorced lesbian mothers and divorced heterosexual mothers, F. W. Bozett (Ed.), Homosexuality and the Family (pp. 123-135), New York: Harrington Park Press; Miller, B. (1979), Gay fathers and their children, The Family Coordinator, 28, 544-52; Paul, J.P. (1986).

4 Carole Jenny, et al., Are Children at Risk for Sexual Abuse by Homosexuals?, Pediatrics, Vol. 94, No. 1 (1994); see also David Newton, Homosexual Behavior and Child Molestation: A Review of the Evidence, Adolescence, Vol. XIII, No. 49 at 40 (1978) ("A review of the available research on pedophilia provides no basis for associating child molestation with homosexual behavior.").