sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A beleza colorida das rosas arco-íris.

Parece de mentira, mas não é. As rosas arco-íris ficaram conhecidas pelas multicores que tem. As rosas são produzidas cortando a base do caule de uma flor branca em quatro partes, e colocando cada um em um recipiente diferente com 500 ml de água + 50 ml de corantes alimentícios de cores variadas. A experiência deve durar algumas horas.
Rosa colorida
Reprodução/Happy-roses
As pétalas ficam coradas devido aos vasos condutores de seiva (xilema), que levam água e sais minerais da raiz da planta até as pétalas. O fenômeno é conhecido como capilaridade; só que nesse caso, ao invés da seiva, a planta continua “sugando” a água com corante e a transporta até a pétala. Essa técnica artificial de colorir flores foi criada por Peter van de Werken, que estudou muito até aprender como tingir cada pétala de uma cor. A técnica é usada até hoje por grandes floriculturas e por professores que querem demonstrar os vasos condutores de seiva de plantas para alunos.
Rosa colorida
Reprodução/Happy-roses
Rosa colorida
Reprodução/Happy-roses
Rosa colorida
Reprodução/Happy-roses
Rosa colorida
Reprodução/Happy-roses
Fonte: topbiologia.com/

Barneys destaca vida de modelos transexuais em campanha publicitária de primavera.

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Cortesia: Barney New York
Cortesia: Barney New York
Katie Hill e Arin Andrews.
NOVA YORK - Barneys New York, uma cadeia de varejo americana de lojas de departamento de luxo, tem uma parceria com o Centro Nacional Transgender Equality e a Comunidade do Centro de Nova York LGBT para caracterizar a vida e as histórias de 17 transexuais modelos e seus familiares como parte de sua campanha publicitária de Primavera.
A campanha, "Irmãos, irmãs, filhos e filhas" destaca tanto as lutas e triunfos que uma pessoa trans pode enfrentar em relação à sua identidade de gênero .

Cada modelo entrevistado pelo jornalista Patricia Bosworth, um editor contribuinte da revista Vanity Fair. As entrevistas em primeira pessoa abordam uma série de questões de assédio moral , discriminação até a perca da auto-confiança e amor incondicional.
O primeiro casal destaque (foto) são Katie Hill e Arin Andrews de Oklahoma. Hill foi o primeiro aluno transexual a se formar na sua escola de ensino médio em 2012, são um ex-casal, que continuam amigos íntimos, se conheceram em um grupo de apoio transgênero.
Você pode ler a sua história aqui ; seguinte é uma introdução em vídeo:

"Barneys New York está trazendo a plenitude e beleza interna das pessoas transexuais para o público. Bruce Weber, Patricia Bosworth e Barneys New York mostraram transexuais e sua vivencia real e deram a estes modelos a chance de contar suas próprias histórias comoventes e inspiradoras com suas próprias vozes", disse Mara Keisling, diretor-executivo do Centro Nacional de Transgender Equality.

"'Irmãos, irmãs, Filhos e filhas" é um poderoso lembrete de quão longe nós chegamos culturalmente como as pessoas transexuais, e vai ajudar a empurrar-nos ainda mais", disse Keisling.
A campanha, lançada nesta quinta-feira no site corporativo do Barney, foi filmado em Nova York pelo icônico fotógrafo de moda americano Bruce Weber, amplamente conhecido por suas campanhas publicitárias para Calvin Klein e Ralph Lauren, além de seu trabalho para as revistas Vogue, GQ, Vanity Fair e Rolling Stone.
A rede de varejo também anunciou que o Centro Nacional de Transgender Equality e a Comunidade do Centro de Nova York LGBT receberá uma parcela de todas as vendas das 11 lojas em todo o país e do Barney Barneys.com em 11 de fevereiro.

A primeira vez que transei depois de dizer 'Eu tenho HIV'


No dia 18 de outubro de 2010, por volta das 9 horas da manhã, descobri que sou soropositivo. Faz, portanto, pouco mais de três anos que convivo conscientemente com o vírus da aids, o HIV.
O meu diagnóstico se deu acidentalmente, no primeiro check up de rotina que fiz em minha vida, aos 26 anos de idade. Sim, foi inesperado e foi um susto. A primeira coisa que pensei foi que iria morrer. Essa foi, aliás, uma das perguntas que logo fiz ao médico infectologista que visitei, um dia após do diagnóstico, ainda devastado emocionalmente e depois de uma noite sem dormir.
"-- Morre, doutor?"
"-- Não, hoje não morre mais."
Depois de me examinar, procurando por nódulos na garganta, axilas e atrás dos joelhos, o doutor me explicou que eu faria alguns exames. Disse também que, de acordo com os resultados destes, eu começaria um tratamento que deveria aderir diariamente, até o fim de minha vida ou até que descubram a cura. Me garantiu que minha situação de saúde não era alarmante e que, apesar de considerada uma "doença grave" o HIV não é, já há algum tempo, considerado mais como uma "doença letal".
Ele não perguntou detalhes sobre a origem da minha infecção. Aliás, nunca médico algum fez esta pergunta. Mas, embora isto seja irrelevante do ponto de vista médico, com o tempo compreendi que esta é uma questão que suscita, sim, bastante curiosidade do público leigo. Por alguma razão, uma das primeiras perguntas que um soronegativo ou um indivíduo de sorologia desconhecida -- isto é, aquele ou aquela que nunca fez o teste de HIV -- é exatamente esta: como você pegou HIV?
Ouvi essa pergunta de três mulheres com quem saí depois de receber o meu diagnóstico. Por opção minha, e contrariando a sugestão de meu infectologista, eu preferi contar sobre a minha condição sorológica antes de qualquer relação sexual com elas. Como consequência, percebi que acabei criando certa subversão do status quo dos relacionamentos atuais. Afinal, no mundo de hoje, onde o sexo não mais é consequência da intimidade mas parte do processo de criação desta, não é simples encontrar os meios de revelar algo que, no fundo, é nada mais que algo importante e pessoal.
Como contar sem criar medo e pânico? Qual o momento certo? Quem são as pessoas certas e dispostas a ouvir tal revelação? Estas são as perguntas que rondam a mente de todo o soropositivo e soropositiva que pretende contar antecipadamente sobre sua condição sorológica a qualquer parceiro. No pensar demais sobre elas, algumas mulheres sentiram-se enroladas e rejeitadas, e distanciaram-se de mim, o parceiro lento em avançar para o sexo. Percebi, então, que esta não era uma equação tão simples. A única solução, ao que me parece, é ser claro e direto, fazendo transpassar em minha fala a mesma tranquilidade que passei a ter com o vírus: com os devidos cuidados, ele não é nada demais -- nem contra mim e nem contra com quem faço sexo.
Com isso, levantei os pontos mais importantes a serem incluídos nos mesmo discurso da assustadora revelação, que é afinal dizer "eu tenho HIV". Assim, às três mulheres com quem saí desde que fiquei solteiro, adiantei que bastaria usarmos camisinha para que a relação fosse completamente segura. Questionado sobre os riscos e o que fazer caso a camisinha estourasse, expliquei que minha carga viral -- isto é, a quantidade de vírus circulante no sangue -- é indetectável há exatos dois anos e onze meses e que não tenho qualquer outra doença sexualmente transmissível.
Nessas condições, conforme esclarecido pelo estudo HPTN 052, que analisou diversos casais sorodiscordantes, o risco de transmissão do HIV sem o uso de preservativo é reduzido em 96%. Logo, incluindo-se nessa conta o uso do preservativo, que possui estimada eficácia de 99%, a chance de transmissão do vírus é, digamos, quase a mesma de ser atingido por um cometa. A partir deste importante estudo, aliás, conclui-se também que transar com um indivíduo de sorologia positiva para o HIV -- desde que este esteja em tratamento, com carga viral indetectável há mais de 6 meses e sem nenhuma outra DST -- é mais seguro do que transar com um indivíduo de sorologia desconhecida. A razão disso é muito simples e lógica. Um indivíduo de sorologia desconhecida é, potencialmente, um portador não-tratado de HIV ou outra DST. Sem tratamento, sua carga viral pode ser alta, especialmente em casos de infecção recente, o que é, sabidamente, o estado mais crítico e arriscado para a transmissão do vírus.
Feito este discurso, duas das três mulheres escolheram em prosseguir com o relacionamento. Uma delas, o fez apenas após confirmar as informações com um médico. A outra, talvez por não ter feito isso, sentiu-se amedrontada e, depois da relação sexual, repetiu três vezes o teste de HIV -- todos negativos.
Minha ex-namorada, com quem, sem saber que estava infectado pelo vírus, transei diversas vezes ao longo de três anos sem preservativo, também não foi contaminada pelo HIV. Um milagre, sem dúvida alguma. Mas eu sou daqueles que acredita que milagres também têm explicação científica: aprendi depois que, uma vez que minha carga viral era naturalmente baixa, as chances de transmissão também eram baixas. Além disso, por ser descendente direta de europeus nórdicos, é bastante possível que ela seja naturalmente imune ao vírus, graças à mutação CCR5 Delta 32, que não confere às células CD4 do sistema imunológico o principal conector que o vírus usa para estabelecer a infecção.
De tão eficaz, um transplante de medula óssea a partir de um doador com esta mesma mutação a um paciente soropositivo que sofria de leucemia lhe conferiu, até o que se afere até o momento, a condição de primeiro curado do HIV no mundo. Timothy Ray Brown, também conhecido com "o Paciente de Berlim", não faz mais uso de medicamentos antirretrovirais e não apresenta mais traços de infecção pelo vírus. A cura de Timothy foi reconhecida pela comunidade científica como "cura esterilizante", isto é, ela eliminou a presença do vírus de seu organismo.
Outros 16 pacientes no mundo também são considerados curados. Quatorze soropositivos que participaram do estudo francês intitulado Coorte VISCONTI, uma bebê do estado americano do Mississippi, cuja mãe não sabia ser soropositiva, e um indivíduo alemão de 67 anos de idade são considerados pacientes "em remissão" ou "curados funcionalmente", isto é, possuem o vírus, mas em quantidade tão insignificante que este não consegue estabelecer uma infecção propriamente dita.
Esses casos são importantes porque, além de oferecer uma compreensão sobre os avanços no tratamento e na pesquisa da cura do HIV, fazem-nos lembrar da eficácia significativa da profilaxia. A bebê do Mississippi, por exemplo, foi tratada com antirretrovirais imediatamente após seu nascimento, mesmo antes que se identificasse seu status sorológico. Este procedimento é similar ao que, no Brasil, é oferecido pela rede pública a todos aqueles que passam por uma clara situação de risco, chamado de profilaxia pós-exposição. Se administrada em até 72 horas da possível exposição ao vírus e mantida pelo paciente seguindo as corretas orientações médicas ao longo das semanas seguintes, ela pode prevenir completamente a infecção do HIV. Graças à grande eficácia dos antirretrovirais, também discute-se hoje o uso da profilaxia pré exposição, isto é, o uso destes medicamentos para situações de conhecida ou premeditada exposição ao risco, como, por exemplo, no caso de casais sorodiscordantes que querem ter filhos, mas não têm obtido sucesso ou não possuem recursos para a inseminação artificial ou, nos casos em que o parceiro soropositivo é o homem, a inseminação artificial com lavagem de sêmen.
Noutras palavras, a ciência e a medicina já oferecem condições plenamente seguras para que todos convivam bem o HIV. Temer o vírus é natural, mas não é preciso temer quem o porta. Enquanto soropositivos devem se tratar, todos devemos sempre nos prevenir. Por sua vez, aqueles que não sabem qual é exatamente sua condição sorológica devem procurar sabê-la, em prol de sua própria saúde e do controle da epidemia no mundo.
É preciso ter em mente que basta usar a camisinha para se proteger e que a falha, a qual bem sei que é tão humana, virá. Nessas condições, lembre-se da profilaxia e não exponha parceiros e parceiras ao risco até ter ciência de seu estado de saúde. No caso de um eventual diagnóstico positivo você certamente vai chorar e sentir medo, claro. Mas, com o tempo, garanto, perceberá que este vírus não muda tanta coisa em sua vida -- nada além da necessidade de cuidar da saúde, tomar as medicações todos os dias e fazer os exames de controle a cada três ou quatro meses. E, quando resolver contar a parceiros e parceiras sobre sua condição sorológica, ouvirá, assim como eu ouço "como você pegou HIV?" A resposta, pura e simples, é apenas: transei sem camisinha.
 

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Fonte: Brasilpost

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Lei João W. Nery: pelo direito à identidade de gênero

por Frederico Oliveira

Ontem se comemorou o Dia da Visibilidade das Travestis e Transexuais (29/01) não poderia deixar de tratar da importante e necessária aprovação do projeto de lei de autoria dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL/RJ) e Érika Kokay (PT/DF): a Lei João W. Nery: Lei de identidade de gênero

O referido projeto de lei que tramita desde o ano passado na Câmara dos Deputados visa garantir o respeito e a autonomia para o indivíduo estabelecer sua identidade de gênero, livre dos inúmeros obstáculos que a legislação vigente impõe. A identidade de gênero é um componente da personalidade humana e assim deve ser tratado pelo ordenamento jurídico brasileiro para o alcance da concretização constitucional que já estabelece direitos protetivos nesse sentido, especialmente em razão do princípio da dignidade humana como fundamento de nossa República (art. 1º, inc. III CRFB/88).  

No entanto, no Brasil muitos dos direitos das travestis e transexuais precisam ser judicializados, ou em outras palavras: esses direitos dependem de autorização judicial.

Ora! Imagine se você que não é travesti e transexual e precisasse de autorização judicial para exercer a plenitude de sua existência? Imagine se você precisasse de autorização judicial para obrigar as pessoas a reconhecer que você é homem ou mulher? É sem sombra de dúvidas um grande menosprezo à personalidade do indivíduo e uma afronta à dignidade humana consagrada em nossa lei maior.

Para o importante documento que regula a aplicação dos acordos internacionais de direitos humanos, com relação a identidade de gênero e orientação sexual denominado Princípios de Yogyakarta...

"...[s]e entende por identidade de gênero a profunda experiência sentida interna e individual do gênero de cada pessoa, que poderia corresponder ou não com o sexo verificado no momento do nascimento, incluindo o sentido pessoal do corpo (para ter a liberdade para escolhê-lo, podendo envolver a modificação da aparência ou a função corporal através de meios médicos, cirúrgicos ou de outra índole) e outras expressões de gênero, incluindo o vestido, o modo de falar e os trejeitos" - tradução livre  

Nesse sentido, as pessoas "trans" precisam ser compreendidas em suas necessidades e particularidades, especialmente naquilo que as levam a naturalmente transgredir o padrão de expressões de gênero e modos de vestir convencionados equivocadamente com base no sexo biológico, constatado no momento do nascimento. Desse modo, fica mais fácil estabelecer o respeito e a quebra desse paradigma tão opressor. 

No curso da luta pelo reconhecimento do direito à identidade de gênero tão mal compreendida pela sociedade, surge João W. Nery que nasceu mulher e virou homem - reconhecido na mídia como o primeiro trans-homem do Brasil - que com sua história de coragem nos leva a uma importante conclusão a respeito da condição humana: o sexo biológico é apenas um informativo das características de um invidivíduo, nada mais que isso. 

Como que um pênis e uma vagina podem ser definidores de comportamentos, vestimentas e expressões de um indivíduo para toda a vida? Isso é racionalmente ilógico e completamente sem sentido diante da complexidade da essência humana. 

Mas ao mergulhar na história do primeiro trans-homem do Brasil é possível concluir que João não nasceu mulher e quis virar homem. Ao contrário: João nasceu homem, mas preso num corpo de mulher, assim como constatou o jornalista Millos Kaiser. Entendo eu, então, ser essa a principal particularidade das pessoas trans, pois o indivíduo nasce preso a um corpo que não corresponde às suas características psicológicas, o que sem um respaldo jurídico que compreenda essa lógica cria um ambiente de exclusão e sofrimento que pode levá-los a patologias graves como a depressão e até mesmo ao suicídio. 

Arte Ivone Pita com base na ilustração da capa do livro Viagem Solitária


O projeto de lei acima mencionado visa humanizar as pessoas trans reconhecendo, pois, essa particularidade sem que seja necessário um laudo médico ou autorização judicial para reconhecer o gênero que o indivíduo se identifica. Afinal de contas, o enquadramento em um gênero ou outro é algo tão íntimo, tão interno que, na minha visão, a nossa sociedade não pode impor a constatação por terceiros, seja por médicos, seja pelo Estado, tendo em vista se tratar de uma particularidade sentida e vivida diariamente pela pessoa trans. 

Desse modo, o instrumento legal em tramitação na Câmara do Deputados, acaba de vez com a equivocada ideia de que a cirurgia de redesignação sexual seja necessária para determinar a mudança do registro civil, tanto com relação ao nome, como também ao sexo. Como eu disse, o gênero masculino e feminino não vem pronto e acabado no momento do nascimento e é construído por inúmeros fatores, não cabendo ser o órgão sexual o seu definidor para determinar a mudança do registro civil. 

O projeto de lei de identidade de gênero também afirma o direito ao processo transexualizador que no Brasil só foi conquistado judicialmente em 2001, via ação civil pública (TRF-4. AC 26279 RS 2001.71.00.026279-9). Com a lei consolida-se a afirmação de acesso pleno aos procedimentos da cirurgia de redesignação sexual e hormonoterapias a serem garantidos, inclusive, com gratuidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo João W. Nery, olhar seu corpo no espelho era sentir que a sua alma não se conformava em ter que se expressar por meio daquele "monte de carne, sobre o qual não tinha podido decidir nada". Para ele aquele corpo lhe foi "imposto sem pedir licença, para a forma, para o conteúdo e todos os papéis que, obrigatoriamente carregava junto." (Viagem Solitária: memórias de um transexual trinta anos depois.) 

Arquivo pessoal
"A dose foi cavalar. Acompanhando a monstruosidade, os seios insistiam em nascer. Aí foi demais! Como se já não bastasse todos me tratarem no feminino, não entenderem minhas vontades, não poder fazer nada do que os outros meninos faziam, ainda tinha de aguentar o que brotava do corpo, à revelia." (Viagem Solitária: memórias de um transexual trinta anos depois, p. 47) 

Fonte: direitoediversidadesexual

Bíblia e Homossexualidade. Por Enric Hood.

A primeira leitura da Bíblia nos leva à conclusão de que estamos diante de sua absoluta convicção sobre a homossexualidade. No Antigo Testamento encontramos passagens muito fortes proibindo fortemente as relações sexuais entre homens e até mesmo vindo a puni-los com a pena de morte. "Se um homem se deitar com outro homem como se fosse mulher, cometeu grande perversão, ambos têm de ser morto" (Lv 20:13). Não é, portanto, surpreendente que muitos cristãos sejam totalmente contra esta prática sexual e alguns chegam a atingir o castigo que define o livro de Levítico. Nos EUA, como no Brasil, há milhares de vítimas da intolerância religiosa contra os homossexuais. Fotografias me trazem a lembrança da cena do assassinato de um homossexual que parece ter sido morto em sua sala de jantar mas em uma das paredes do quarto onde o cadáver estava, podia-se ver a citação manuscrita de Lev. 20.13. Parece que isto justifica tudo.
Temos a mesma conclusão quando lemos o Novo Testamento. A primeira leitura das passagens em Romanos 1:26-27, e outras (I Co 6.9-10, I Timóteo 1:8-10, Judas 1.7), que confirmam a condenação de relações homossexuais, "de modo Deus deixou-os à mercê de suas paixões vergonhosas. As mulheres invertem o uso natural do sexo e entram em práticas não-naturais. Mesmos os homens abandonaram o uso natural da mulher e se entregaram ao desejo e se inflamaram uns com os outros. Homens com homens, cometendo ações infames, em seu próprio corpo e receberam o castigo que merecem por sua perversão". As passagens são tão claras e explícitas que parece não deixar brecha para aceitar qualquer prática homossexual.
No entanto, uma segunda leitura, com um cuidado mais atento, dos mesmos textos, levantam dúvidas sobre as conclusões que chegamos na primeira leitura.
A primeira questão é saber se a passagem de Levítico nos preocupa enquanto cristãos. Percebemos que os versos citados a partir do livro de Levítico pertencem à parte do livro chamado de "Código de Santidade" (capítulos 17 a 26) dando instruções ao povo de Israel, de natureza muito diferente da nossa, uma vez que nós, enquanto cristãos, não nos sentimos obrigados a observar. Por exemplo, há várias proibições que nós ignoramos: comer sangue, sob pena de ser removido da aldeia (17:10), semeando um campo com dois tipos de sementes ou usar roupas feitas de dois tipos de tecidos (19:19), raspar a cabeça ou aparar a barba (19:27) comer animais mortos ou que tenha sido dilacerado por feras (22:8), etc. Além disso existem coisa que não aceitamos como a compra e venda de escravos (25,44-46), ou punir um blasfemo com a morte (24.14). Entre todas estas proibições só aceitam "deitar com outro homem como se fosse mulher." Como eles diferem proibições? Devemos obedecer a todas ou, pelo contrário, esquece-as como questões relacionadas a um povo de uma outra época, mas isso não nos afeta?
A segunda questão é se nós, que vivemos no século XXI, estamos falando a mesma linguagem da Bíblia e entendemos as palavras usadas da mesma forma. Em ambas as passagens do Antigo e do Novo Testamento, a proibição do sexo entre homens é em um contexto de homens maus que de criação corrupta "E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade, etc. etc (Romanos 1,28-29). Esta é, a prática homossexual em um contexto de vícios sexuais e várias maneiras de corrupção. Assim, na passagem de 1 Coríntios 6, estão condenados junto com fornicadores, idólatras, adúlteros, ladrões, bêbados, etc. Também na passagem em 1 Timóteo 1:8-10, é assimilado ao parricídio e matricidas, fornicadores, mentirosos, perjuros, etc. E assim, como em outros lugares. Podemos, portanto, concluir que, a promiscuidade sexual bíblica é para todos os tipos homo, bi ou heterossexuais condenável, mas em nenhum lugar a possibilidade de amor e lealdade entre os membros do mesmo sexo é contemplada.
Acho que isso deve ser enfatizado e tido em conta em nossa segunda leitura da  Bíblia. Porque um capricho da natureza, que não tem nada a ver com perversões sexuais ligadas a homossexualidade tanto no Velho como no Novo Testamento é mencionada em seu estado puro. A homossexualidade não é um círculo vicioso que deva ser punido, como tem sido ao longo da história, mas é um comportar-se emocionalmente e sexualmente para os seres humanos de forma diferente do que chamamos de heteronormatividade. Portanto, é totalmente injusto aplicar as passagens que se referem a esses homens e mulheres que, apesar de ser do mesmo sexo, são atraídos um pelo outro, se apaixonam, amam e decidem viver juntos em fidelidade "até que a morte nos separe " . Isso não é perversão, nem vício, mas uma outra forma de amar, certamente incomum, mas não é menos legítima ou menos digna de respeito.
Enric Capa
Este artigo foi publicado na revista Lupa Protestante em abril de 2009.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

MONIQUE ALVES: PRECURSORA DO MOVIMENTO LGBT DO PIAUÍ.

HOJE, DIA 29 DE JANEIRO SE COMEMORA O DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS, E, EM COMEMORAÇÃO A ESSA DATA O BLOG ICM TERESINA ENTREVISTOU A GRANDE DAMA DO MOVIMENTO LGBT NO PIAUÍ, A SENHORA MONIQUE ALVES, PRECURSORA NA MILITÂNCIA DE NOSSO ESTADO.

ENTREVISTA COM MONIQUE ALVES



PRA VOCÊ, O QUE É SER UMA TRAVESTI DENTRO DESSA SOCIEDADE?

Monique Alves – Em minha opinião acho meio complicado pras pessoas, pra mim não, eu sou decidida, sou resolvida, eu sei o que quero e foi assim que escolhi pra viver. Mas pras pessoas é meio complicado a pessoa nascer de um gênero e depois aparecer de outro se apresentar como se fossem de outro gênero, como no caso as travestis, que nascem com o gênero masculino, mas que com o passar dos tempos elas se apresentam como sendo do sexo feminino, mas eu me identifico me classifico, me considero uma pessoa normal, como outra qualquer, e tenho todas as características de um ser humano normal. Agente que é travesti, as pessoas têm até certo medo, certo receio de que agente não seja normal, às vezes pra certas pessoas é como se agente fosse assim um bicho, uma fera, que ninguém pode nem chegar perto que morde, que come, que faz e acontece. Eu acho que não é assim, toda travesti é um ser humano igual a qualquer pessoa, agente tem sentimento, agente tem coração, agente tem tudo que as outras pessoas têm, então assim, o que nos difere, ou o que me difere, (vou falar por mim, não vou falar aqui pelos outros, mas por mim), das outras pessoas é apenas minha identidade de gênero. Eu nasci de um gênero e hoje me apresento de outro, essa é minha diferença, que muitas vezes essa diferença é que faz com que as pessoas não aceitem não me aceite, e ai ocorra o preconceito, a discriminação e até a violência.


VOCÊ PODERIA NOS EXPLICAR COMO FOI ESSE PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO? VOCÊ DISSE QUE NASCEU EM UM GÊNERO E AGORA SE APRESENTA COMO OUTRO, COMO SE DEU ESSE PROCESSO?

Monique Alves – Olha foi muito difícil, pra ser sincera foi um drama, um verdadeiro drama na minha vida. Às vezes eu ouvi muitas pessoas me dizerem que eu estava mudando, me transformando de gay pra travesti, porque ninguém nasce travesti agente se transforma em travesti, agente é homossexual, gay, como as pessoas chamam, mas pra você ser travestisse que fazer uma mudança. Então quando eu estava nesse período de transformação pra essa mudança pra travesti, eu vi muitas pessoas dizerem que eu estava “cavando a minha própria sepultura”, porque que elas diziam isso? Porque elas já tinham experiência de vida, sabia qual era a vida de uma travesti, o que uma travesti enfrentava e o que não enfrentavam. Quando agente ta nesse período de transformação, geralmente quando agente está nessa faze, agente é novinha, tem seus 14 anos, na minha época era com 21, depois dos 20 anos, hoje não você já vê travesti de 10, 11, 12 anos, tem gente ai que já é travesti, mas na minha época não era assim, era diferente. Então assim, pela experiência de vida delas, eu cansei de ouvi-las falarem que eu estava “cavando a minha própria sepultara”. Na época eu não tinha a menor noção do que aquela frase representava, mas hoje, eu sei o que é que essa frase representa e acho que é a pura verdade. A pessoa que nasce do gênero masculino e depois sente essa necessidade de se transformar para o gênero feminino como agente faz. Acho que pelas dificuldades que enfrentamos, pela vida que agente tem que levar, pelo o preconceito, discriminação, violência, rejeição e a intolerância das pessoas, realmente essa frase diz tudo: É como se você tivesse cavando a sua própria sepultura”.

VOCÊ JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA OU FÍSICA? SE SIM, FOI DENTRO DE CASA OU NA RUA?

Monique Alves – Olha, agressão eu sofro todo dia, toda hora. Faço como diz Luiz Mott, que a cada um dia e meio um homossexual é morto no Brasil, dizia né, hoje não sei se já aumentou. E sobre essa questão de violência eu digo que a cada 3 minutos agente é violentada no Brasil, é agredida, massacrada, insultada. Porque a violência física, a morte é apenas a concretização daquilo que a pessoa quer fazer. A palavra violência é bastante ampla, tem uma amplitude muito grande que se formos relatar, questionar, se impor, agente fica louca, porque o desrespeito é muito grande. Toda hora somos discriminadas, destratadas, maltratadas pelas pessoas, então ou você é um bom ator, uma boa atriz e apreende a viver com esse tipo de intolerância ou se mata pira, ficam loucas. Por isso muitas se matam se enforcam, porque não aguentam a pressão, não aguentam a discriminação que é muito grande. Dentro de casa é onde começa o preconceito, foi dentro de minha casa que comecei a ser discriminada, lá que era pra ser um local de acolhimento, repito essa frase que não é minha, torna-se o primeiro local de exclusão, e se a pessoas são excluídas dentro de sua própria casa, o que é que o mundo vai ter mais para oferecer? A intolerância contra os homossexuais é em todo lugar, não existe isso de dizer que é só aqui, ou só acolá.

NA SUA OPINIÃO, QUAL A PIOR DISCRIMINAÇÃO, A SOFRIDA EM CASA OU A DA RUA?

Monique Alves – As duas são péssimas. É lastimável você ser discriminada, se sentir rejeitada, excluída, isso é triste em qualquer situação da vida, em qualquer ocasião, em qualquer lugar. Ninguém quer ser diminuída, discriminada, humilhada, maltratada. Mas se fosse pra optar entre a exclusão da rua ou de casa, eu preferiria a da rua. Porque minha casa é meu porto seguro, é lá que vivo que existo, porque a rua é a rua. Eu espero tudo do pessoal da rua, mas de meu pai e minha mãe nunca espero nenhuma barbaridade, pois são meus pais, meu sangue. Agora da rua, o nome mesmo já diz, é a rua, o estranho, não espero nada das pessoas da rua. Mas meu Deus! O quanto eu sofri dentro de casa ou que sofro do meu sangue. Se minha família não me aceita, quem mais vai me aceitar? Meu Deus! É muito triste!

MONIQUE VOCÊ FOI A PRECURSORA DO MOVIMENTO LGBT NO PIAUÍ. FOI POR CONTA DA VIOLÊNCIA?

Monique Alves – Tem várias respostas pra essa pergunta, sempre que agente fala nisso, às vezes falo uma coisa, às vezes outra, mas sempre afirmo que iniciei essa luta contra o preconceito, discriminação por uma questão de sensibilidade humana, de não conformismo, de não achar justo. Eu tenho coração, sou humana. Eu sinto principalmente quando vejo outro homossexual, um semelhante meu ser discriminado, ser massacrado, eu sinto, tenho coração, sou gente. O que via na rua, outros homossexuais, outras travestis passarem, aquilo me ofendia, me agredia, era como se estivesse ali também. Hoje era ela, amanhã pode ser eu. Entre os homossexuais não existe essa diferença de ser preto, branco, rico ou pobre todos correm o mesmo risco, isso é uma questão social. Acho que muitos homossexuais que não se juntam a movimento ou se juntam mais não querem lutar é só besteira da cabeça deles, porque o final todo mundo sabe qual é, é o mesmo. Iniciei por uma questão humana e também por uma questão de justiça, pois acho que todos são iguais em direitos, ninguém é diferente. Se existe lei, uma constituição, tem que ser cumprida, e no caso dos homossexuais a constituição não é cumprida. Nós somos desrespeitados pela própria constituição todo dia, isso não é certo, não é justo. Agente tem que lutar sim, temos que aumentar essa corrente. Eu não concordo com isso, nem vou concordar nunca.

E A HISTÓRIA, COMO VOCÊ COMEÇOU O MOVIMENTO SOCIAL?


Monique Alves – Eu sempre me inspirei no Luiz Mott, um dos grandes precursores do movimento gay do país e no Grupo Gay da Bahia, que foi um dos primeiros a surgir no Brasil, que na década de 80, 90 foi e tem sido anos um dos grupos de maior projeção no Brasil. Inspirei-me muito no GGB, no que os via fazer, até copiei certas coisas, inclusive tive apoio do próprio GGB na época, então comecei a me inspirar neste fato. Nessa época em Teresina existia nos jornais uma parte de classificados. Os únicos meios de comunicação que agente tinha era ou o jornal impresso ou rádio, não existia internet nem celular. Então tive uma ideia de colocar um anuncio no jornal convidando as que se interessassem, pois eu estava iniciando um movimento em favor das pessoas homossexuais. Foi ai que tudo começou, apareceram pessoas. Juntei-me com muitas que deram e ainda dão à cara a tapa comigo. Foi muita dificuldade, pois na época existia muita violência, muita morte, crimes, muito desrespeito. Só se falava de homossexuais pra chingar ou exculhambar. Hoje não, já conseguimos até leis que proíbem a discriminação. Hoje se alguém for discriminado, só se não for atrás da justiça, mas se for ganha o direito de ser respeitado. Já houve um avanço muito grande, mas na época isso ainda não existia. Homossexual era como se fosse um lixo, não tinha defesa, era como se fosse um ninguém. Foi por essas injustiças que resolvi me levantar, por sentir até na própria pele.

VOCÊ SE SENTE RECOMPENSADA POR TODO SEU TRABALHO?

Monique Alves – Recompensada não. Porque o preconceito continua o mesmo, a discriminação continua a mesma, os problemas continuam o mesmo, apesar de todas essas conquistas que acabei de falar, no entanto é só no papel, se não estivermos lá, lutando, brigando, fazendo e acontecendo não vale nada. Então assim, não me sinto recompensada, mas me sinto gratificada, em paz com minha alma, minha consciência. Vê hoje pessoas que antes apedrejavam homossexuais jogar flores, fico em estado de êxtase, vejo gente que antigamente se pudessem mandavam matar homossexuais, nos tratavam como se não fossemos gente, hoje dizem que não sente nada, dizem que não tem preconceito, até se juntam a nós, apoiam nossa causa, para mim isso é como se fosse um prêmio.

QUAL O CONSELHO VOCÊ DARIA PARA AS TRAVESTIS QUE ESTÃO COMEÇANDO?


Monique Alves – Fica difícil dizer o que é certo e o que é errado, pois o que é certo pra um pode não ser certo pra outro. Mas eu aconselho a toda pessoa homossexual, não só travesti que tomem mais cuidado com a vida, que se previnam das DST, da violência. Que aproveite as oportunidades. Homossexual só vale alguma coisa se ele for rico, pobre não vale nada. Se você olha pra uma bicha velha, pobre e arrasada, ela esta lascada. A pessoa que é homossexual tem que estudar, se formar, procurar ser gente. Pois mesmo que não consigam respeito pelo lado humano, conseguirão pelo lado social, pelo status, pela imposição que a condição social lhe dar. Pois no Brasil ainda temos essa cultura de todo mundo só valer o que tem. Se a pessoa tiver uma galinha, vale uma galinha. Se ela não tem nada, não vale nada, infelizmente.

VEJA O QUE ALGUMAS PESSOAS LIGADAS AO MOVIMENTO LGBT DIZEM SOBRE MONIQUE ALVES:



"Sua Força de Vontade, é um incentivo."

Maria Laura dos Reis - Grupo Piauiense de

Travestis e Transexuais do Estado do 

Piauí







"Simplesmente mulher

Forte,guerreira e firme nos seus 

pensamentos."

Farias Filho - Ministro de Louvor da Igreja da Comunidade

Metropolitana






"
"A RESISTÊNCIA DE CADA TRAVESTI POR SUA IDENTIDADE DE GÊNERO É REFORÇO NA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE."

VÍTOR KOZLOWSKI
COORDENADOR DO CENTRO DE REFERÊNCIA LGBT "RAIMUNDO PEREIRA"



"PARAFRASEIO MILTON: MONIQUE ALVES É O TOM, É A COR É O SUOR É A DOSE MAIS FORTE E LENTA UM SER HUMANO QUE MERECE VIVER E AMAR COMO OUTRO QUALQUER DO PLANETA."

REVERENDO JOÃO LEITE - ICM TERESINA

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Recordação do Holocausto: Nós todos usamos o triângulo


Jesus cai pela primeira vez e nazistas proibem grupos homossexuais em Station 3 de "Estações da Cruz: a luta pela igualdade LGBT", de Mary Botão , cortesia de Acredite em voz alta 

O Dia Internacional do Holocausto homenageia as vítimas da era nazista, incluindo a estimativa de 5.000 a 60.000 enviados para campos de concentração por homossexualidade. As Nações Unidas estabeleceram a data como 27 de janeiro. O aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau Estabelecido pela ONU em 2005, O Dia Internacional do Holocausto lembra o extermínio patrocinado pelo Estado de 6 milhões de judeus e 11 milhões de outros considerados inferior pelos nazistas, incluindo 2,5 milhões de poloneses e outros povos eslavos, prisioneiros de guerra soviéticos, ciganos e outros não da "raça ariana", os dissidentes com deficiência, pessoas LGBT e religiosos doentes mentais, como testemunhas de Jeová e católicos. O Dia tem como objetivo ajudar a prevenir futuros genocídios. A Perseguição de pessoas LGBT durante o Holocausto é justaposta com Jesus caindo sob o peso da sua cruz na imagem no topo deste post: Station 3 de "Estações da Cruz: a luta pela Igualdade LGBT", de Mary Botão . A pintura caracteriza headshots de homens que foram presos por homossexualidade no § 175 do código penal alemão e enviados para campos de concentração entre 1933 e 1945. Usando cores e colagens ousadas, Button coloca o sofrimento de Jesus em um contexto estranho por cenas de harmonização de sua jornada ao Gólgota com marcos dos últimos 100 anos de história LGBT. Para uma visão geral de todas as 15 pinturas da série Estações LGBT, veja meu artigo Estações LGBT da Cruz mostra luta pela igualdade . Richard Grune, um artista treinado enviado para os campos de concentração nazistas por homossexualidade, também viu uma conexão entre a paixão de Cristo e o sofrimento de pessoas nos campos. Depois de ser preso em Sachsenhausen e Flossenbürg, ele criou "Paixão do século 20", um conjunto de litografias retratando o pesadelo da vida nos campos. Publicado em 1947, é considerado um dos mais importantes registros visuais dos campos a aparecer nos anos do pós-guerra.


"Solidariedade". Richard Grune litografia de uma série de edição limitada "Passion des XX Jahrhunderts" (Paixão do século 20). Grune foi processado com base no § 175  de 1937 até a libertação, em 1945, foi preso em campos de concentração. Em 1947, produziu uma série de gravuras detalhando o que testemunhou nos campos. Grune e morreu em 1983. (Crédito: Cortesia Schwules Museum, Berlin) ( EUA Museu do Holocausto )

Os nazistas também denunciaram e atacaram as lésbicas, mas geralmente menos grave e sistemática do que a perseguição dos homossexuais masculinos. Sua história é contada em linha no artigo Lésbicas e o Terceiro Reich no Museu do Holocausto dos EUA. Algumas lésbicas reivindicam o triângulo negro como seu símbolo. Os nazistas impuseram o triângulo preto sobre as pessoas que foram enviadas para campos de concentração por serem "anti-sociais".

Fotos de identificação de Henny Schermann, uma assistente de loja em Frankfurt am Main.Em 1940, a polícia prendeu Henny, que era judia e lésbica, depois deportou-a para o campo de concentração de Ravensbrück para mulheres. Ela foi morta em 1942.Ravensbrueck, Alemanha, 1941. ( EUA Museu Memorial do Holocausto Foto Arquivo )

Os nazistas usaram o triângulo rosa para identificar prisioneiros homens enviados para campos de concentração por homossexualidade. Originalmente concebido como um emblema de vergonha, o triângulo rosa se ​​tornou um símbolo de orgulho para o movimento dos direitos LGBT. Uma nova pintura sobre o tema é "Triângulo Rosa", de John Bittinger Klomp , um artista gay nascido na Flórida.

"Triângulo Rosa", de John Bittinger Klomp de 2012

"O Triângulo Rosa fazia parte do sistema de triângulos utilizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial para designar vários povos que considerassem indesejável incluído os judeus, testemunhas de Jeová e homossexuais", disse Klomp. A pintura faz parte de seu "Dicionário Series alegres" em palavras e símbolos relacionados o ser gay. O triângulo rosa aparece em uma variedade de monumentos que foram construídos ao redor do mundo para relembrar as vítimas LBGT do regime nazista. Em janeiro de 2014 Israel'sfirst memorial para LGBT vítimas do Holocausto foi revelado em Tel Aviv. Desde 1984, mais de 20 memoriais gays do Holocausto foram estabelecidos em lugares que vão de São Francisco a Sydney, da Alemanha ao Uruguai. Alguns estão nos campos de concentração reais, como a placa para as vítimas gays em Dachau foto abaixo.

Placa para as vítimas homossexuais no campo de concentração de Dachau por nilexuk


Para ver fotos poderosos de todos os estranhos memoriais do Holocausto e ler as histórias por trás deles, visite: http://andrejkoymasky.com/mem/holocaust/ho08.html O logotipo para o Jesus in Love Blog também mostra o rosto de Jesus em um triângulo rosa. Ele junta estranhas pessoas em transformando o sofrimento em poder. O último sobrevivente a usar o triângulo rosa nos campos de concentração era Rudolf Brazda, que morreu em 2011 aos 98 anos de idade. Sua história é contada no vídeo acima e no seu obituário no New York Times .

Outro dos que usavam o triângulo rosa era o sacerdote gay de 60 anos de idade, anônimo, brutalmente espancado até a morte porque se recusou a parar de orar no campo de concentração em Sachsenhausen, na Alemanha. Eyewitness Heinz Heger informou que o assassinato foi tão brutal que "senti que estava testemunhando a crucificação de Cristo em forma moderna."

Santo Padre Anônimo um dos Sachsenhausen
Por William Hart McNichols ©

O sacerdote é homenageado no ícone acima: "Santo Padre Um dos Anônimos de Sachsenhausen." Foi pintado por William Hart McNichols, um artista do Novo México e padre católico que foi repreendido pelos líderes da igreja por fazer ícones de afirmação LGBT de santos não aprovados. Seu Sacerdote Anônimo de Sachsenhausen. aparece em seu livro " The Bride: Imagens da Igreja ". que tem co-autoria com ativista da paz Daniel Berrigan Aqui é o começo de sua história trágica, como dito por Heger em seu livro Os homens com Triângulo Rosa .

Para o fim de fevereiro de 1940, um padre chegou em nosso bloco, um homem de cerca de 60 anos de idade, alto e com características distintas. Mais tarde, descobri que ele veio de Sudetos, a partir de uma família alemã aristocrática. 

Ele encontrou o tormento do procedimento de chegada, particularmente a longa espera nu e descalço fora do bloco. Quando sua tonsura foi descoberto após o banho, o cabo SS encarregado pegou uma navalha e disse: "Eu vou trabalhar em um presente para mim mesmo, e estender sua tonsura um pouco." E ele cortou a cabeça do padre com a navalha, tendo um pouco de dificuldade para evitar o corte do couro cabeludo. muito pelo contrário. 

O padre voltou para a sala do dia - a do nosso bloqueio com a cabeça cortada aberta e sangue escorrendo. Seu rosto estava pálido e seus olhos olhavam sem entender na distância. Ele se sentou em um banco, cruzou as mãos no colo e disse baixinho, mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa: "E, no entanto o homem é bom, ele é uma criatura de Deus"
O livro conta em detalhes comovente como os nazistas torturaram o sacerdote lançando insultos anti-gay e espancá-o até a morte. Mais trechos estão disponíveis no Queering o Blog Igreja em um post intitulado The Priest com o triângulo rosa . O premiada peça 1979 " Bent ", de Martin Sherman ajudou a aumentar a consciência da perseguição nazista aos gays, levando à pesquisa de educação mais histórico. A versão cinematográfica de "Bent" foi feito em 1997, com um elenco de estrelas britânicas incluindo Clive Owen, Mick Jagger e Jude Law. Seu título vem da gíria europeia "dobrado" usado como um insulto para os homossexuais. Nos últimos anos, novas memórias de sobreviventes gays do Holocausto foram publicadas e a teoria queer trouxe uma nova compreensão do Holocausto Gay não apenas atrocidades, mas também como um sistema de controle social. Novos livros incluem: Eu, Pierre Seel, Deportado homossexual: A Memoir of Terror nazista por Pierre Seel (2011) Perdeu Intimidades: Rethinking homossexualidade sob o Nacional Socialismo por William J. Spurlin (2008) Uma vida subterrânea: memórias de um judeu Gay em uma Berlim nazista por Gad Beck (2000) O Triângulo Rosa: A guerra nazista contra os homossexuais por Richard Plant (1988) - primeiro livro abrangente sobre o assunto do Dia Internacional do Holocausto é observado aqui com a oração "Nós todos usamos o Triangle" por Steve Carson . Ele aparece no livro " Igualdade de Ritos: Adoração de Gays e Lésbicas, cerimônias e celebrações ." Carson foi ordenado pela Igreja da Comunidade Metropolitana e congregações a servir em Nova York, Boston e San Francisco. ___ Um: Nós estamos em muitos aspectos, uma cultura sem memória. O Holocausto, uma série de eventos que ocorrereu há pouco mais de uma geração atrás, mudou o mundo para sempre. No entanto, por alguns o Holocausto é esquecido, ou visto como irrelevante, ou mesmo visto como algo que nunca aconteceu. Todos: Como pessoas de fé, nós nos recusamos a esquecer. Nós nos recusamos a participar do apagamento da história. Como uma comunidade de fé, decidimos lembrar, como ouvimos o registro histórico da Europa há uma geração atrás e refletimos sobre os acontecimentos em nosso próprio tempo. Ousamos ouvir as vozes do passado que ecoam hoje. Um: Neste momento, somos todos judeus vestindo a estrela de David amarela. Todos:. Somos todos homossexuais usando o triângulo rosa Um: Somos todos ativistas políticos usando o triângulo vermelho. Todos: Somos todos criminosos usando o triângulo verde. Um: Somos todos anti-sociais usando o triângulo preto. Todos: todos nós somos testemunhas de Jeová usando o triângulo roxo. Um: Somos todos emigrantes vestindo o triângulo azul. Todos: Somos todos ciganos usando o triângulo marrom. Um: Somos todos indesejáveis, tudo prorrogável pelo Estado. ... Líder: Para um Deus de memória e esperança, comprometemo-nos a ser um povo de resistência aos poderes da morte onde quer que possa parecer, para homenagear os vivos e os mortos, e para fazer com eles a nossa promessa: Nunca mais! ___ Links relacionados: perseguição nazista aos homossexuais 1933-1945 (EUA Museu do Holocausto) Lésbicas e o Terceiro Reich (EUA Holocaust Museum ) Triângulo Rosa (Qualia Encyclopedia of Gay Folclore) perseguição de homossexuais na Alemanha nazista e o Holocausto (Wikipedia) _________ Este post faz parte da série de GLBT Santos no Jesus in Love Blog. Santos, mártires, heróis e povo santo de especial interesse para gay, (GLBT) lésbicas, bissexuais e transexuais e os nossos aliados estão cobertas em datas apropriadas ao longo do ano.