sábado, 30 de novembro de 2013

Santos que trazem esperança no Dia Mundial de Luta Contra AIDS.


Amanhã, no Dia Mundial de Luta Contra AIDS, apoiamos todos os afetados pelo HIV. Aplaudimos os esforços de prevenção e tratamento, e honramos aqueles que morreram em decorrência do vírus - mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
No livro “Patronos da pandemia da AIDS”, de Lewis Williams vemos dois pares de santos, homens medievais que enfrentaram epidemias de doenças junto com a amizade e fé. Seu vínculo homem-a-homem fala para a comunidade gay, onde a SIDA tem um impacto desproporcionalmente grande. Os casais ficam um a cada lado de uma castanheira, um símbolo da vida após a morte.
“Espera-se que eles ofereçam consolo para os companheiros que sobreviveram à morte de um ente querido, ou para amigos \ familiares sobrecarregados pela morte de um companheiro”, diz o texto que acompanha o ícone.
À esquerda são os franciscanos do século 13 que ministraram em um leprosário na colônia italiana: Bem-aventurados Bartolo Buonpedoni e Bendito Vivaldo. Bartolo pega lepra ao cuidar dos doentes, e é obrigado a viver em uma casa separada. Seu fiel amigo Vivaldo muda-se para a casa de leprosos com ele, mesmo não tendo contraído a doença. Eles viveram juntos por 20 anos até a morte de Bartolo. Hoje, existem tratamentos eficazes para a lepra, atualmente chamada de Hanseníase. A AIDS toma o seu lugar como uma doença temida e estigmatizada.
No estande direito monges carmelitas do século 14 St. Avertanus e o Beato Romeo, companheiros de viagem que morreram juntos com a praga . Avertanus sentiu-se inspirado a ir a Roma, e tem a permissão de levar Romeo com ele. Eles enfrentaram a chuva e a neve. Avertanus morreu primeiro, seguida uma semana depois por Romeu.
O ícone foi pintado por um artista do Novo México, Lewis Williams da Ordem Franciscana Secular (OFS). Ele estudou com o mestre iconógrafo Robert Lentz e fez da justiça social o tema de seus ícones.
A Igreja da Comunidade Metropolitana se engaja nessa luta, pois muitos de nossos irmãos e irmãs se foram em decorrência da AIDS.
Sugere-se a seguinte oração:
Uma Pessoa: Compassivo Santo, abri os nossos corações, mentes e mãos para que possamos ligar-nos à comunidade global de outros que atuam contra AIDS quando oramos:
Suplicamos por todas as mulheres, homens e crianças neste país e em todo o mundo que vivem com AIDS.
Todos: Justiça exige lembrança e ação.
Um: Nós suplicamos por todos os que se importam com as pessoas que vivem e morrem com AIDS em suas casas, em hospitais, e em centros de apoio.
Todos: Justiça exige lembrança e ação.
Um: Nós suplicamos por todos os que estão envolvidos em pesquisas e assistência hospitalares para que possam respeitar a dignidade de cada pessoa.
Todos: Justiça exige lembrança e ação.
Um: Nós suplicamos por todos os parceiros que ficam de luto por seus entes queridos.
Todos: Justiça exige lembrança e ação.
Um: Nós suplicamos todos os pais que aprendem a verdade da vida de seus filhos através de seu processo de enfrentar a morte...
Mantenha-nos vigilantes,
Até que uma cura para a AIDS seja encontrado,
Até que aqueles que morrem com AIDS sejam consolados,
Até a verdade vos liberte,
Até que o amor expulse a injustiça.
Nunca desistiremos da luta.
Amém.

candle rust animated Pictures, Images and Photos

In memorian a tod@s @s vitimas da AIDS.
Fonte: http://jesusinlove.org/saints.php

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

HOMOFOBIA PASSA A SER CRIME EM PERNAMBUCO


Em uma iniciativa pioneira no País, estado é o primeiro a identificar nos boletins de ocorrência policiais casos de discriminação e violência provocados por homofobia; delitos também passarão a ser enquadrados como conduta criminosa; projeto piloto está sendo implantado na delegacia de plantão do bairro de Casa Caiada, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Pernambuco 247 - Em uma iniciativa pioneira no País, Pernambuco passa a ser o primeiro estado a identificar nos boletins de ocorrência policiais (BOs) casos de discriminação e violência que tenham a homofobia como causa.
A iniciativa permitirá a inserção das notificações no Sistema de Informações Policiais (Infopol/SDS), melhorando as estatísticas e permitindo a adoção de ações e políticas públicas de enfrentamento ao problema, além de possibilitar traçar o perfil das vítimas.
Os delitos também passarão a ser enquadrados como conduta criminosa. O projeto piloto está sendo implantado na delegacia de plantão do bairro de Casa Caiada, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
A portaria 4818, de 25/11/2013, estabelece que os boletins de ocorrência possuam campos contendo o nome social (pelo qual a pessoa é conhecida), orientação afetivo-sexual, identificação de gênero e motivação homofóbica.
O decreto publicado no Diário Oficial do Estado, regulamenta a Lei nº 12.876, de 2005, oito anos após aprovação pela Assembleia Legislativa de Pernambuco(Alepe).
Embora no Brasil já existam projetos de lei referentes a crimes por homofobia, a legislação ainda não foi regulamentada, o que coloca a iniciativa pernambucana à frente dos demais estados no enfrentamento deste tipo de crime.

GRANDES FIGURAS: SANTO AELRED DE RIEVAULX.

Estreando nossa série "Grande Figuras" discorreremos sobre a vida do Santo Aelred de Rievaulx (1109-1167) que é considerado um dos santos mais adoráveis​​, o santo padroeiro da amizade e também, e, dizem alguns, um santo gay. Seu dia de festa é hoje (12 de janeiro).
Aelred foi o abade da abadia cisterciense de Rievaulx , na Inglaterra. Seu tratado "Uma Amizade Espiritual” ainda é uma das melhores afirmações teológicas sobre a relação entre amor humano e amor espiritual. "Deus é amizade... Quem permanece em amizade permanece em Deus e Deus nele”, parafraseando I João 4:16 .
As próprias profundas amizades de Aelred com homens encontram-se descritos no livro “Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade” escrito pelo professor de história John Boswell Yale. "Não pode haver dúvida de que Aelred era gay e sua atração erótica para com os homens era uma força dominante em sua vida", afirmou Boswell .
O relato de Boswell inspirou os membros do grupo LGBT Episcopal Integrity para fazer de Aelred seu santo padroeiro.
Certamente ele defendida a castidade, suas paixões eram nítidas em sua escrita. Descreve amizade
com eloquência. Nesta passagem frequentemente citada de seu Tratado sobre a amizade espiritual:
“Não é uma pequena consolação nesta vida ter alguém que pode juntar-se a você em um afeto íntimo e em um abraço de amor santo, alguém que pode descansar em seu espírito, para quem você pode derramar a sua alma, e cujo intercâmbio é agradável, como as músicas suaves, você pode voar na tristeza... De quem com beijos espirituais, como com um salve corretor, você pode jogar fora todo o cansaço de suas ansiedades inquietas. Um homem que pode derramar lágrimas com você em suas preocupações, ser feliz com você quando as coisas vão bem, procurar com você as respostas para os seus problemas, quem com os laços de caridade pode leva-lo para as profundezas do seu coração... onde a doçura do Espírito flui entre vocês, onde você se junta a si mesmo e se uni a ele, sua alma se mistura com alma dele e os dois tornam-se um”.
Aelred suportou suas amizades com os monges, comparando-os com o amor entre Jesus e seu discípulo amado, e entre Jônatas e Davi em seu tratado sobre a amizade espiritual. Louis Crompton relata em “Homossexualidade e civilização” que Aelred permitiu que os monges de seu mosteiro Yorkshire expressassem seu carinho, segurando as mãos, uma prática desencorajada por outros abades.

O ícone de São Aelred foi pintado por Robert Lentz, um frade franciscano reconhecido mundialmente como iconógrafo. Conhecido por seus ícones inovadores. “Ele incluiu em um banner as palavras de Aelred”, “de amigo para amigo, no espírito de Cristo".

GRANDES FIGURAS

Baseados no blog americano Jesus in Love, nosso blog "ICM Tersina" resolveu lançar uma série onde prestigiaremos santos tradicionais e alternativos, mártires, místicos, profetas, testemunhas, heróis, pessoas santas, humanitários, divindades e figuras religiosas de interesse especial para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) e todas as pessoas que buscam os direitos humanos. Todos os dias postaremos perfis sobre essas grandes figuras de nossa história.

JESUS GAY!


Calma, não estou afirmando que Jesus é gay ou não é gay, o que quero discutir nessa matéria é sobre a visão que temos do nosso Deus homem, Jesus Cristo. Genesis 1:27, afirma que Deus nos fez a sua imagem e semelhança e em Hebreus 4:15 afirma que Jesus em tudo foi tentado. Vermos nosso Senhor com aspectos ligados a nossa vivência não constitui blasfêmia, muito pelo contrário, faz desse Deus que parece tão distante e inacessível algo inerente ao nosso próprio ser, é o estar mais perto Dele, desse amor que não nos condena, e, que é capaz de nos compreender exatamente por ter passado por tudo aquilo que passamos. Precisamos nos libertar dos preconceitos que cultivamos sobre nós mesmos, sentimentos de LGBT fobia internalizados. A bíblia diz que Deus se fez homem... Hétero, Bi ou Homo a sua imagem e semelhança. 

“Sermão da Montanha”, de Elisabeth Ohlson Wallin.

Cada comunidade apresenta Jesus em sua própria maneira. Há um Jesus branco, um Jesus negro, Jesus Asiático - e agora um Jesus gay para curar os danos feitos em nome de Dele. O estranho Cristo encarna amor loucamente inclusivo de Deus por todos.
Ninguém sabe se o Jesus histórico foi atraído por outros homens. Alguns estudiosos inovadores acreditam que sentiu sim atração pelo mesmo sexo. Como ser humano, Jesus deve ter tido sentimentos eróticos. Como ser divino, Cristo vive em indivíduos de cada orientação e identidade de gênero.

“Estudo para A Última Ceia”, de Becki Jayne Harrelson.

Quando crucificaram Jesus, fizeram uma violência para todos que ousaram ser diferentes. Jesus disse: “Faça o que fizer ao menor destes, que esta você faz a mim” Mt. 25:40. Nesse sentido, é inteiramente apropriado mostrar um Jesus gay na cruz.

Ver Jesus como gay, bissexual, travesti transexual, ou mesmo que se sinta atraído amorosamente por pessoas do mesmo sexo é muito estranha para a maioria dos cristãos, mas também para a maioria das pessoas da comunidade LGBT. Aqueles que se atreveram apresentar Cristo como homossexual foram acusados ​​de blasfêmia. Muitos sabiam que suas ideias seriam censuradas ou mesmo destruídas. Jesus é amor tem revelado algumas dessas visões emancipatórias para todos aqueles que conseguem ver.

Igreja Anglicana causa polêmica ao estudar cerimônia de casamento gay

Na Inglaterra, grupo de estudos formado por bispos quer inovar e permitir bênção a casais homossexuais numa celebração religiosa.



Na Inglaterra, a Igreja Anglicana levantou um debate polêmico e estuda permitir uma cerimônia religiosa para celebrar a união de casais homossexuais. Veja na reportagem de Roberto Kovalick.
"Eu os declaro casados" é algo que homossexuais ouvem cada vez com mais frequência. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, no civil, já é oficial em vários estados americanos, em países como a França e, na Inglaterra, entra em vigor no ano que vem.
A Igreja Anglicana, porém, quer inovar e permitir que a benção seja dada também numa cerimônia religiosa. A proposta é de um grupo de estudos formado por bispos. Ainda não é um casamento. Os bispos mantêm essa palavra apenas para a união entre homem e mulher, mas eles querem autorizar os párocos a fazerem uma cerimônia especial para marcar a formação de um casal do mesmo sexo.
A Igreja Anglicana, que se separou da católica há quase 500 anos, tem 80 milhões de seguidores no mundo. O líder, Justin Welby, é um exemplo da mudança de atitude em relação aos gays. Ele foi abertamente contra a legalização da união entre homossexuais. Mas, depois que foi aprovada, alertou que a igreja precisava fazer uma revolução nas suas ideias sobre sexualidade.
A recomendação dos bispos enfrenta muita resistência. Um dos integrantes do grupo de estudos se recusou a assinar o documento final. A igreja é acusada de mudar o que prega há séculos. E muitos temem que a novidade provoque uma cisão na igreja anglicana.
A maioria dos integrantes do grupo de estudos, porém, defendeu a mudança dizendo que a Bíblia é inconclusiva em relação à homossexualidade.
O líder da Igreja Anglicana, Justin Welby, – assim como o Papa Francisco – é um crítico ferrenho do sistema econômico, que gera um abismo entre ricos e pobres. Sendo que Welby, Arcebispo de Cantuária, é um ex-executivo do mercado financeiro.

Prefeitura de Recife realiza passeio ciclístico contra a homofobia


cartaz
A Prefeitura do Recife promove no próximo domingo (01), o passeio ciclísticoPEDALA RECIFE SEM HOMOFOBIA. Realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, por meio da Gerência de Livre Orientação Sexual, a atividade, faz parte da programação da I Jornada dos Direitos Humanos do Recife.
A concentração acontece às 7h, no Parque da Jaqueira, zona norte do Recife, e pretende passar pelos pontos turísticos da cidade, chegando até ao Marco Zero, com diversas paradas para falas e divulgação das campanhas de combate ao preconceito e à discriminação da Prefeitura do Recife. Ainda, durante a concentração, será realizado um café da manhã, atividades de alongamento, distribuição de kits, do passeio, tudo ao som de DJs da boate Fame.
O passeio é uma ação intersetorial que envolve diversos atores públicos e privados no combate ao preconceito e à discriminação motivada por orientação sexual e/ou por identidade de gênero, estimulando o respeito à diversidade, e práticas de saúde, lazer e bem-estar, e promovendo a construção de uma cidade saudável em todos os sentidos.
Wellington Pastor
Gerência de Livre Orientação Sexual
Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
Prefeitura do Recife

10 mulheres fantásticas que lideraram rebeliões

Homens revolucionários como Che Guevara são rotulados como heróis por liderarem as principais rebeliões contra “o Homem”. Porém, esquecidas pela história são mulheres que assumiram poderes muito maiores do que Fulgencio Batista. Ao longo dos séculos, elas estiveram à frente de rebeliões e revoluções que tomaram o poder do Império Romano e da grande riqueza da Companhia Britânica das Índias Orientais. Confira:

10. Yaa Asantewaa

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Yaa Asantewaa, descrita como a Joana D’Arc africana, foi Rainha Mãe da região Edweso, parte do antigo Reino Asante e agora Gana moderna. Nascida por volta de 1830, ela era a irmã de Kwasi Afrane Panin, que se tornou chefe de Edweso quando Yaa era jovem. Nas proximidads ficava a chamada Costa do Ouro, de onde os britânicos conduziram uma campanha contra o Império Asante, taxando, convertendo e tomando o controle de grandes áreas de seu território tribal, incluindo minas de ouro.

Quando o Asante começou a resistir à dominação britânica, o governador Lord Hodgson decidiu tomar o Sika ‘dwa, uma espécie de trono sagrado daquele povo e símbolo de sua independência. Para impor as suas exigências, o capitão C. H. Armitage foi enviado para intimidar a população. Armitage ia de aldeia em aldeia batendo em crianças e adultos, na esperança de obter o trono. Eventualmente, o Rei de Asante, Nana Osei Agyeman Prempeh I, junto com 55 de seus chefes e parentes, foram forçados ao exílio.
Pouco tempo depois, em 28 de março de 1900, o que restou da monarquia foi reunido e o capitão britânico exigiu mais dinheiro. Yaa, a única mulher presente, fez um famoso discurso para os britânicos, no qual se recusava a pagar mais de seus impostos. Ela também ofereceu suas roupas íntimas em troca das tangas de qualquer chefe Asante não disposto a lutar governo imperial tirânico.
Este discurso provocou a Guerra de Independência Yaa Asantewaa, que começou naquele mesmo dia. Como líder da revolução, Yaa montou um exército pessoal de mais de 4.000 soldados. Durante três meses, ela foi capaz de sitiar a fortaleza britânica em Kumasi. Depois de sofrerem baixas no combate inicial, reforços britânicos da Nigéria precisaram ser chamados para lidar com a problemática Yaa. Utilizando tecnologia superior, a tática da terra arrasada e recompensas financeiras para os traidores, a Rainha Mãe foi presa em 3 de março de 1901. Ela foi enviada para o exílio, onde acabou por morrer aos 90 anos.

9. Corazon Aquino

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Corazon “Cory” Aquino era uma mulher filipina que, em 1986, liderou o primeiro governo democraticamente eleito das Filipinas desde antes da ocupação japonesa. Nascida em 1933, casou-se com Benigno “Ninoy” Aquino depois de se formar na Mount St. Vincent College, em Nova York (EUA). Ninoy Aquino tornou-se um crítico ferrenho do ditador das Filipinas, Ferdinand Marcos, que estava no controle do país desde 1965. Em 1972, Ninoy foi detido pela polícia, preso por oito anos e depois exilado para os EUA. Quando ele foi autorizado a voltar para casa, em 1983, foi assassinado pelo governo no momento em que chegou.

Esta execução sangrenta, juntamente com uma economia em declínio, deram à oposição de Ferdinand um impulso. Cory, indignada com a morte do marido, assumiu o controle da oposição, apesar da possibilidade de estar potencialmente enfrentando o mesmo destino que ele. Em 1985, uma eleição encenada foi realizada para legitimar o governo de Marco. Relutante em se candidatar num primeiro momento, ela só fez isso depois de receber um livro de um milhão de assinaturas que expressavam apoio à sua campanha.
Durante um debate, depois de ter sido agredida verbalmente por seu gênero e inexperiência política, Cory mostrou um dedo do meio metafórico a Marco, concordando que ela “não tinha experiência em enganar, mentir para o povo, roubar o dinheiro do governo e matar adversários políticos”.
No final da eleição, em fevereiro de 1986, Marco “ganhou” com uma grande porcentagem dos votos. O Senado dos EUA e Igreja Católica acusaram o ditador de fraude eleitoral e Cory pediu protestos pacíficos, greves e boicotes. O movimento ficou conhecido como People Power Revolution – freiras e famílias inteiras, incluindo crianças, participaram do momento histórico. Em uma última tentativa de recuperar o controle da população, Marcos ordenou ao exército disparar contra os revolucionários pacíficos. Os militares se recusaram a seguir suas ordens e muitos desertaram ou retornaram às suas bases.
Até o final de fevereiro, o ditador foi forçado a fugir e Corazon Aquino tornou-se presidente de um governo democraticamente eleito.

8. Laskarina Bouboulina

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Laskarina Bouboulina era uma comandante naval grega e capitã revolucionária que lutou na bem-sucedida Guerra da Independência grega contra os otomanos. Em maio de 1771, Laskarina nasceu durante a visita de sua mãe a uma prisão de Constantinopla. A menina era filha de um capitão naval grego que tinha sido preso e separado de sua esposa grávida durante um golpe de Estado fracassado contra o Império Otomano.

Após a morte de seu pai, Laskarina mudou com sua mãe para a ilha de Spetses. Foi lá que se casou duas vezes, ambas em famílias ricas. Usando o dinheiro que ela tinha recebido a partir dessas relações, construiu quatro navios, incluindo o Agamenon, um dos maiores navios da época. Bouboulina tornou-se a única mulher a participar do Filiki Etairia, um movimento revolucionário grego que tinha o intuito de expulsar os otomanos. Em 13 de março de 1821, 12 dias após o grupo começar a Guerra da Independência, Laskarina levantou a primeira bandeira revolucionária do conflito sobre a ilha de Spetses.
Em 3 de abril, Spetses se juntou à revolução, seguida pelas ilhas de Hydra e Psara. Agora comandando oito navios, Laskarina juntou-se ao bloqueio da fortaleza otomana em Nafplion. Mais tarde, ela atacou Monemvasia e Pylos, gastando quase toda sua enorme fortuna apenas nos dois primeiros anos da guerra que, ao final, levou à criação de um Estado grego.
Como a Grécia tornou-se fragmentada em facções, Laskarina foi presa duas vezes antes de ser exilada em Spetses. Sem um fim heróico, ela mais tarde foi baleada em uma disputa familiar. Não há dúvida, porém, que sem os seus navios, dinheiro e comando, a revolução poderia não ter sido bem sucedida.

7. Rainha Mavia da Arábia

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Mavia era uma rainha guerreira que enfrentou o poder de Roma e venceu. Após a morte de seu marido, al-Hawari, que não tinha herdeiro do sexo masculino, Mavia tornou-se rainha dos sarracenos que habitavam o sul da Palestina e norte do Sinai em torno de 375 aC. Até aquele momento, a tribo de Mavia tinha sido constantemente subjugada pelo poder do Império Bizantino, a frente leste do Império Romano.

Quando o Imperador Romano Valens solicitou que Mavia mandasse soldados mercenários para lutar contra os godos, surgiu um conflito a respeito dos termos do acordo. A revolta eclodiu à medida que Mavia procurava provar-se competente, enfrentando a superpotência de Roma. A revolta foi tão rápida e eficaz que tem sido comparada à Blitzkrieg alemã.
Cidades nas fronteiras da Palestina e da Arábia sucumbiram rapidamente sob ataque de suas forças. Ataques surpresa seguidos por massacres foram decretados contra Fenícia, Palestina e até mesmo lugares tão distantes quanto o Egito. Províncias romanas foram reduzidas a ruínas e os exércitos romanos enviados às pressas para lidar com Mavia foram derrotados ou obrigados a fugir. Em um mosteiro no Sinai, os exércitos da rainha foram capazes de massacrar os monges relativamente sem oposição.
Enfraquecido e incapaz de conter a rainha guerreira, Valens foi forçado a fazer um acordo de paz nos termos de Mavia. Um monge local escolhido pela rainha foi eleito como bispo da região, dando à tribo muito mais liberdade. Sua filha também foi casada com um oficial militar proeminente de Valens, dando a Mavia acesso interno à administração romana.

6. Kittur Rani Chennamma

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Kittur Rani Chennamma era uma rainha indiana que lutou contra a Companhia Britânica das Índias Orientais. Ela nasceu na pequena aldeia de Kakati em 1778. Desde tenra idade, andava a cavalo e treinava arco e flecha e esgrima. Aos 15 anos, casou-se com Chennamma Mallasarja Desai, governante de Kittur, um pequeno principado indiano. Seu marido morreu em 1816 e seu único filho morreu pouco depois.

Chennamma, agora o governante legítima, mas não reconhecida, de Kittur, adotou um filho na tentativa de continuar a linhagem real. No entanto, para assumir o controle da Índia, o governo britânico e a Companhia das Índias Orientais aplicaram a Doutrina da Preempção.
Esta declaração proibia governantes nativos de adotar crianças se não tivessem nenhum filho biológico. Ou seja, após a morte do governante, a terra se tornaria território britânico. Não reconhecendo a criança adotada como governante, o Estado de Kittur caiu sob o controle da insanamente poderosa Companhia Britânica das Índias Orientais, sob as ordens do Sr. Chaplin, comissário da região. Rani se recusou a reconhecer o governo britânico de seu povo e encontrou as forças britânicas com um exército próprio quando elas entraram em Kittur.
Centenas de soldados britânicos foram mortos na batalha que se seguiu, juntamente do Sr. Thackeray, o governante de Kittur indicado pelo governo britânico. Eventualmente, exércitos imperiais muito maiores de Mysore e Sholapur cercaram a rainha em sua fortaleza. Ela segurou o cerco britânico por 12 dias, até que traidores sabotaram seus suprimentos de pólvora. Depois de sua derrota, Kittur Rani Chennamma foi mantida presa até sua morte, em 1829. Apesar de não ter obtido sucesso, Chennamma agiu como uma heroína e foi um símbolo durante o Movimento de Libertação.

5. Leymah Gbowee

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Leymah Gbowee, juntamente com as mulheres da Libéria, organizou um movimento pacífico que conseguiu pôr fim a uma guerra civil que matou mais de 250 mil pessoas em 14 anos. O presidente Charles Taylor chegou ao poder após uma revolução sangrenta que ocorreu no período de 1980 até 1995. Logo após sua eleição, Taylor começou a apoiar matanças étnicas e peculato. Isso levou a um novo conflito no país, a Segunda Guerra Civil da Libéria, que começou em 1999 e foi caracterizada por sua brutalidade e o uso de crianças como soldados.

Nascida na região central da Libéria em 1972, Leymah rapidamente se tornou envolvida na violência que se alastrou e destruiu o país. Ela recebeu treinamento para ser conselheira de trauma para meninas e mulheres estupradas por milícias, também trabalhando na conturbada República Democrática do Congo. Em 2002, Leymah organizou o movimento Women of Liberia Mass Action for Peace. Mulheres de diversas origens se reuniram para orar e cantar em público, exigindo paz. Fazendo piquetes, jejuando e ameaçando uma “greve de sexo”, as mulheres arriscaram suas vidas em protestos na capital, para exigir que Charles Taylor fizesse algo para acabar com o conflito.
Depois da pressão feminina e condenação internacional, o presidente brutal finalmente voou para a região neutra de Gana para as negociações de paz. As mulheres o seguiram até lá para continuar os seus esforços. A violência terminou em 2003, com Taylor forçado a renunciar e preso por Haia por crimes contra a humanidade. Eleições democráticas em 2005 levaram ao poder Ellen Johnson Sirleaf, eleita pelo povo como a primeira mulher chefe de Estado em um país africano.
Leymah Gbowee recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2011.

4. Condessa Emilia Plater

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A condessa Emilia Plater, nascida de patriotas poloneses em Wilno (Lituânia) em 13 novembro de 1806, cresceu ressentindo a Rússia, que estava governando faixas da Polônia e suprimindo costumes poloneses durante o século XIX. Os pais de Emília se separaram quando ela era jovem e seu pai, o conde, tinha pouco contato com ela. Ela aprendeu a lutar com seus primos, tornando-se uma boa esgrimista. Em 1831, a notícia da Insurreição de Varsóvia, em fevereiro de 1830, chegou a Wilno. Patriotas começaram a planejar sua própria rebelião, não permitindo Emilia em suas reuniões por causa de seu gênero.

Ela cortou os cabelos e preparou um uniforme para si mesma para que pudesse se juntar à revolução. Às suas próprias custas, reuniu e montou uma força de 500 combatentes lituanos. Em 30 de março de 1831, seu exército enfrentou uma patrulha da cavalaria russa. Mais tarde, em 2 de abril, ela forçou uma divisão de infantaria a recuar.
Em sua maior façanha, Emilia e seu grupo tomaram a cidade de Jeziorosy. Mais tarde, ela juntou forças com Karol Zaluski, outro líder de uma unidade revolucionária. Junto com os homens de Konstanty Parczewski, Emilia provou-se nas batalhas de Kowno e Szawle, ganhando o posto de capitã em campo. Em 23 de dezembro de 1831, a Condessa da Revolução faleceu depois de ficar fatalmente doente durante a revolta infrutífera.

3. Nanny dos quilombolas

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Nanny, ilustrada na nota de 500 dólares jamaicanos, foi a líder de um grupo de escravos que se revoltaram contra seus opressores britânicos. A rainha Nanny nasceu na escravidão em algum momento durante a década de 1680, uma filha da Costa do Ouro, que atualmente é Gana. Em algum momento Nanny, supostamente de sangue real, foi capaz de escapar de uma colônia britânica na Jamaica e levar um grupo de escravos às áreas montanhosas no interior da ilha. Logo, grandes comunidades de ex-escravos, que se autodenominavam quilombolas, tinham nascido. Nanny Town, fundada por volta de 1723, foi a primeira e, de longe, a maior dessas comunidades. A partir desta cidade, Nanny foi capaz de conduzir ataques contra as plantações, a fim de libertar escravos.

No entanto, a revolução rapidamente chamou a atenção dos britânicos. Uma série de campanhas contra os quilombolas problemáticos foram lançadas e Nanny foi forçada a liderar seu povo em uma operação de defesa da guerrilha. Para explorar a natureza defensiva do interior da Jamaica, Nanny assegurou que os assentamentos dos quilombolas fossem construídos no alto das montanhas. Muitas vezes, eles tinham apenas um acesso, o que significa que soldados britânicos eram facilmente abatidos por um pequeno número de quilombolas para quem Nanny tinha ensinado a arte da camuflagem.
Nanny Town, em si, foi atacada em várias ocasiões: em 1730, 1731, 1732, e por diversas vezes em 1734. Um ataque britânico em 1734 conseguiu assumir o controle do local, o que obrigou Nanny e os sobreviventes a fugirem e encontrarem um novo campo, a partir do qual se mostraram ainda mais desafiadores. Alguns historiadores sugerem que Nanny foi treinada na arte de pegar balas com as mãos.
Embora Nanny e seu povo tenham enfrentado ataques quase constantes e a fome, eles permaneceram unidos e fortes contra os britânicos. Em 1739-1740, estes assinaram um tratado de paz com os quilombolas, dando-lhes 500 hectares de terra para chamar de seus. Nanny, uma heroína nacional da Jamaica, recebe os créditos pela preservação da cultura e da liberdade de seu povo e é um poderoso símbolo da resistência à escravidão.

2. Toypurina

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Toypurina era uma curandeira nativa norte-americana que se opôs a colonização espanhola de suas terras tribais. Em 1771, quando apareceu o primeiro espanhol, Toypurina era uma menina de 10 anos de idade que testemunhou em primeira mão o sofrimento que o seu povo, a Nação Kizh, encarou nas mãos deles. Em um exemplo, depois que os colonos tinham reivindicado terreno para construir a missão de San Gabriel Arcanjo, a esposa de um chefe local foi estuprada por soldados da missão espanhol. Quando o chefe protestou, ele foi morto e teve a cabeça presa em uma lança como um exemplo.

Após a construção da missão, Toypurina viu mais de mil nativos norte-americanos serem subornados ou forçados a se converter ao cristianismo. Estes convertidos eram frequentemente utilizados como escravos no trabalho agrícola.
Conforme Toypurina cresceu, se tornou uma influente curandeira e xamã. Em 1785, um membro indígena da missão, Nicolas Jose, contactou Toypurina. Jose estava irritado porque a missão proibia a dança tradicional da tribo. Juntos, eles conspiraram para provocar uma rebelião contra os espanhóis. Também receberam o apoio do irmão de Toypurina, de um chefe da nação Kizh e guerreiros de oito aldeias.
Para ter alguma chance contra os mosquetes e artilharia dos espanhóis, Toypurina planejava matar os líderes da Igreja espanhola com magia, permitindo que guerreiros nativos facilmente tomassem a força de defesa. Certa noite, escalando a parede com dezenas de guerreiros em uma noite sem lua, o grupo de ataque correu para os quartos dos sacerdotes da missão. Duas figuras estavam imóveis no chão, como se a magia do xamã tivesse funcionado. De repente, os corpos se levantaram – os dois padres mortos eram, na verdade, soldados espanhóis disfarçados, que soltaram um grito de reforços. Em segundos, os rebeldes nativos americanos foram cercados.
Os espanhóis haviam sido avisados sobre o ataque e, no final das contas, a magia não é uma arma muito eficaz. Dois meses mais tarde, quando os líderes rebeldes foram levados a julgamento, eles se voltaram contra Toypurina, dizendo que ela era uma bruxa que os tinha controlado. Toypurina usou o julgamento para dizer a seu povo para lutar contra os homens brancos que invadiam suas terras e espoliavam suas tradições e também aconselhou que não tivessem medo dos “pedaços de madeira espanhóis que cospem fogo”. Toypurina foi condenada ao exílio e, possivelmente, ao batismo forçado em uma missão espanhola, onde passou o resto de sua vida.

1. Margarita Neri

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A Revolução Mexicana começou em 20 de novembro de 1910 e se prolongou até a década de 1920. Foi uma tentativa dos revolucionários de derrubar o governador e ditador Porfirio Díaz Mori e implementar uma Constituição, que teria como objetivo garantir vida mais justa para as classes agrícolas. O conflito foi sangrento, com cerca de 900 mil pessoas perdendo suas vidas. Essa vastidão de morte e destruição significava que ambos os lados estavam mais do que dispostos a envolver as mulheres e crianças no combate.

Um exército de 5.369 revolucionários inspecionados por autoridades norte-americanas incluía 1.256 mulheres e 554 crianças. Enquanto as crianças principalmente faziam pilhagens e cozinhavam, as mulheres geralmente eram armadas e lutavam ao lado dos homens. Apesar de enfrentar a desigualdade constante e o sexismo, as mulheres ainda estavam dispostas a desempenhar um papel importante na eventual queda de Mori. Essas soldados do sexo feminino que o lado revolucionário trouxe à ação foram chamadas de soldaderas.
Talvez a mais famosa de todas as soldaderas foi Margarita Neri, que não só lutou na guerra, mas também atuou como comandante. Descendente de maias e holandeses de Quintana Roo, a partir de 1910 ela comandou uma força de mais de mil que varreu Tabasco e Chiapas saqueando, queimando e matando. Neri foi tão eficaz em sua matança de tropas antirrevolucionárias, que o governador de Guerrero se escondeu em uma caixa e fugiu da cidade assim que soube de sua aproximação. Se Margarita lutou pela revolução diretamente, sob o comando de Francisco Madero, ou se sua unidade trabalhou independentemente, permanece um mistério. O que é claro como o dia é que ela e seus soldados eram uma séria ameaça para o governo, com Neri prometendo ela mesma decapitar Diaz. [Listverse]

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

PARABÉNS LORENA

MAIS UMA LINDA PESSOA DA FAMÍLIA ICM TERESINA ANIVERSARIANDO, PARABÉNS LORENA MENDES, QUE DEUS TE ABENÇOE.


TEMPO DO ADVENTO

Iniciamos o tempo do ADVENTO. É este um belo tempo do calendário da Igreja, onde celebramos com expectativa o nascimento e a vinda do Senhor Jesus. Venha acender conosco a 1º vela da Coroa do Advento, na expectativa da vinda do Senhor!


COMERCIAL ARGENTINO COM TEMA TRANSEXUAL

COMERCIAL DE UM BANCO AGENTINO INCLUI O TEMA DA TRANSSEXUALIDADE. ENSINA A TOLERÂNCIA E MOSTRA QUE TOD@S SÃO IGUAIS, CONFIRA:

Aluno procura a polícia após sofrer homofobia em faculdade de Teresina

Chamado inclusive de 'pedófilo' por outros alunos, João Meireles, de 34 anos, quer apenas retratação.

O aluno João Meireles, de 34 anos, estudante do segundo período de Direito da faculdade Fatepi/Faespi, procurou a Delegacia de Repressão às Condutas Discriminatórias e Proteção dos Direitos Humanos por conta do que ele chama de ataques homofóbicos por parte de outros alunos da instituição. Devido às condutas discriminatórias, dentre elas a de que homossexuais são pedófilos, João chegou a sofrer um colapso nervoso e passou 10 dias internado.
João começou o curso de Direito na faculdade há cerca de um ano e, logo de início, sentiu o preconceito por parte de alguns colegas de classe. No começo, eram piadas e risos quando João se manifestava na sala de aula, mas, aos poucos, durante debates sobre direitos humanos e liberdade de expressão, alguns estudantes se manifestaram contrários à homossexualidade e passaram a reprimi-lo diretamente.
Em um dos casos, quando apresentava um seminário que tinha como tema a homoafetividade e a homossexualidade no ambiente jurídico, um dos alunos disse que João deveria parar de “tentar inserir à força o assunto dentro da sala de aula”.
Alguns meses depois, o aluno solicitou à coordenação do curso para que pudesse mudar de sala, onde imaginou que teria menos problemas, mas ele conta que a situação “piorou infinitamente”. Segundo João, um aluno é o principal agressor, mas há outros que também se posicionam contrários à sua orientação sexual e utilizam-se de citações bíblicas para discriminar o rapaz.
“Eles repetem que Deus ama o pecador, mas não ama o pecado e que a conduta dos homossexuais é errada. O pior de tudo foi quando disseram que gays são pedófilos, que são sempre promíscuos, como se a vida de toda pessoa homossexual fosse direcionada ao sexo, e não é nada disso, tem a ver com afetividade, não apenas sexualidade”, declara João.
O estudante conta que a situação ficou crítica a ponto de ele se sentir extremamente nervoso e ansioso sempre que ia para a faculdade. Há alguns meses, o estado psicológico e emocional de João ficou tão abalado que ele sofreu um colapso nervoso e precisou ficar internado durante 10 dias.
“Os médicos me disseram para evitar esse tipo de estresse, essa exposição a esse tipo de coisa, mas não tinha como, a situação acontecia praticamente todos os dias”, conta.
Por conta disso, o estudante precisou se afastar da faculdade e chegou a solicitar um auxílio domiciliar para acompanhar a turma, já que suas notas ficaram prejudicadas durante o semestre letivo. Contudo, o pedido foi negado. Segundo a faculdade, a negativa se deu porque o auxílio é prestado somente a gestantes ou militares em situações específicas.
João diz que somente chegou a procurar a polícia porque, dentro da faculdade, não teve suporte de coordenadores ou professores. De acordo com eles, tudo o que diziam é que os alunos devem ter o direito de se expressar livremente. Por conta disso, foi à polícia pedir que aqueles que o ofenderam façam uma retratação.
Posicionamento da Fatepi/Faespi
De acordo com Thiago Carcará, coordenador do Curso de Direito da faculdade, a instituição tem ciência do problema e já conversou com João e com o outro aluno acusado das principais condutas discriminatórias contra ele. Thiago diz acreditar que o posicionamento não é direcionado a João, pois o aluno acusado tem posicionamentos fortes diante de diversos temas abordados em sala.
“Ele costuma ter opiniões firmes sobre assuntos como feminismo e homossexualidade, mas nós não acreditamos que haja ataques direcionados. Quando o aluno relacionou homossexualidade e pedofilia, promovemos uma palestra para explicar toda essa questão do ponto de vista jurídico, explicando exatamente porque esses temas não estão relacionados”, disse o coordenador.
Thiago disse que a faculdade recebeu um ofício policial solicitando a produção de um relatório acerca da situação entre os alunos, para que se possa dar início, ou não, a uma investigação. De acordo com ele, os fatos relatados foram encaminhados à delegacia de polícia e a instituição está aberta a novas solicitações tanto de João quanto da polícia ou da imprensa.

Projeto que pune preconceito contra homossexuais pode ser votado na semana que vem


O relator do projeto que define como crime e estabelece punições a discriminação ou preconceito por causa de orientação sexual e identidade de gênero, senador Paulo Paim (PT-RS), disse que a proposta pode ser votada na próxima reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
- Pode ser votado na semana que vem. Não há motivo algum para que não seja votado na semana que vem.
O senador foi informado que ativistas e entidades de defesa dos direitos dos homossexuais entregaram uma carta ao Senado em que protestam contra mais um adiamento no exame do PLC 122/2006. A votação da proposta na CDH estava marcada para a semana passada. Os grupos pedem ainda a aprovação do projeto.
- Eu entendo e respeito a indignação desses grupos. Estão esperando há mais de dez anos por essa votação. Os projetos são alterados, a redação é atenuada em relação àqueles que pensam diferente. Fizemos tudo que entendemos ser possível fazer - disse Paim.
O projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados, e que aguarda exame no Senado desde 2006, muda a lei que define os crimes resultantes de preconceito (Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e o Código Penal. De acordo com a proposta, pode ser punido com até cinco anos de reclusão quem por razões de preconceito de gênero ou de orientação sexual impedir a promoção de um funcionário.
Há ainda penas para quem recusar atendimento aos homossexuais em estabelecimentos comerciais ou locais abertos ao público e para quem impedir ou restringir a manifestação de afetividade de qualquer pessoa em local público ou privado aberto ao público, “resguardado o respeito devido aos espaços religiosos”.
No Código Penal as alterações estão previstas no artigo 140, que trata do crime de injúria. De acordo com a proposta, se a injúria estiver relacionada a raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência a punição é de um a três anos de reclusão, além de pagamento de multa.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Há dez anos, o prefeito de Berlim já dizia: "Sou gay e está bem assim"


Publicado pela Folha 
Por Carolina Vila-Nova 

O ano é 2001. Na cerimônia de indicação de sua candidatura pelo Partido Social Democrata (SPD) à prefeitura de Berlim, Klaus Wowereit sai do armário: "Sou gay, e está bem assim" ("Ich bin schwul, und das ist auch gut so"). Silêncio, depois aplausos. 
Com essa frase, ele sinalizava o que queria para a cidade: a quebra de tabus, o ousado, a tolerância, a abertura. E esvaziava o que via como um iminente ataque da imprensa conservadora.
Dez anos depois, Wowereit (pronuncia-se "voverait"), 58, ainda está à cabeça da Rotes Rathaus, a prefeitura da capital alemã. Em setembro, foi eleito para o terceiro mandato consecutivo. Sob ele, Berlim mudou. De decadente, tornou-se um ímã para artistas, estilistas, escritores.
Ao longo dos anos no poder, Wowereit teve muitas caras e seu mote do primeiro mandato foi a célebre frase "Berlim é pobre, mas sexy". Endividada, a metrópole lutava para lidar com o legado da reunificação, com fim dos subsídios, com a fuga da empresas, com bairros detonados pelos anos de descuido.
Para alarme dos conservadores, deu as boas-vindas a um congresso de fetichistas e disse que a cidade precisava do dinheiro do turismo.
Amigo de celebridades e presente às baladas -foi fotografado tomando champanhe de um escarpim vermelho-, ganhou da imprensa a alcunha de "Partymeister" (alusão a "Bürgermeister", prefeito em alemão). 
Na Berlim desencanada, talvez isso tenha garantido sua popularidade, a despeito das medidas impopulares que tomou, como o corte no salários do funcionalismo público e nos subsídios.
Ao começar seu segundo mandato, em 2006, havia mudado de tom. Disse que estava velho para baladas e tornou o guarda-roupa mais sóbrio. E adicionou um complemento à sua célebre frase: "preferia ser rico e sexy a ser pobre e sexy". Seu slogan de campanha foi "Uma Berlim consequente".

PREFEITO PERFEITO

Wowereit é berlinense de Tempelhof (ex-Berlim Ocidental), bairro de classe média baixa. Criado pela mãe solteira, mais novo de cinco irmãos, foi o primeiro da família a chegar ao secundário.
 Aos 19 anos, após passagem pela Juventude Socialista, já fazia parte do SPD. Formou-se em direito pela Universidade Livre de Berlim.
Seu ídolo é Willy Brandt, que foi prefeito de Berlim Ocidental e o chanceler (premiê) da Alemanha Ocidental responsável pela aproximação com o Leste, nos anos 1970.
Sua página oficial diz que é solteiro. Mas, desde 1993, ele vive com o neurocirurgião Jörn Kubicki, seu "companheiro de vida". E, desde 2004, mora no Ku'Damm, o boulevard chique, centro da ex-Berlim Ocidental, um fascínio de infância.

Corte inglesa decide que fé não justifica discriminação

A Suprema Corte do Reino Unido desenhou limites para a liberdade de religião nesta quarta-feira (27/11). O tribunal decidiu que o direito de exercer a própria fé não autoriza ninguém a discriminar outras pessoas. Os juízes consideraram que os donos de uma pousada violaram a legislação britânica ao negar que dois homens gays dormissem num quarto com cama de casal.
A corte analisou o apelo do casal Hazelmary e Peter Bull, que mantêm uma pousada numa cidade litorânea na região da Cornualha, costa oeste da Inglaterra. Os dois são cristãos e afirmam procurar, tanto na vida pessoal como profissional, seguir os ensinamentos da Bíblia. Um deles é o de que sexo só pode ser feito dentro do casamento, que é a união entre um homem e uma mulher. Caso contrário, é pecado. E, para evitar que seus hóspedes pequem, o casal impede que duas pessoas que não são casadas durmam em quartos com uma cama de casal.
A política cristã na pousada não parecia causar muito problema com os hóspedes, até que, em setembro de 2008, Martyn Hall e Steven Preddy resolveram se hospedar lá. Os dois são homens, homossexuais e vivem em união civil. Resolveram aproveitar os últimos dias quentes da Inglaterra na Cornualha e pediram para ficar num quarto com uma cama de casal, como fazem os casais. Não conseguiram. Os donos da pousada negaram dizendo que sexo fora do casamento é pecado e, como os dois homens não eram casados, não poderiam dormir juntos.
A briga foi parar na Justiça. Os donos da pousada perderam em todas as instâncias e, agora com a decisão da Suprema Corte, terão de pagar indenização para Hall e Preddy. A Suprema Corte considerou que a política mantida pela pousada, um estabelecimento voltado a atender ao público, é discriminatória. A legislação britânica estabelece que as uniões civis e os casamentos têm os mesmos direitos e deveres e devem ser tratados da mesma maneira.
A maioria dos juízes considerou que, já que o casamento entre pessoas do mesmo sexo só passou a ser permitido neste ano, a negativa de cama de casal para pessoas não casadas é também baseada na orientação sexual. Ainda mais se considerado que a visão cristã de casamento é o relacionamento entre um homem e uma mulher.
Os juízes explicaram que a decisão não significa, no entanto, que a liberdade sexual se sobrepõe à liberdade de religião. Se os donos do hotel tivessem negado estadia a possíveis hóspedes por discordar das suas crenças religiosas, a corte também consideraria que houve discriminação indevida. A Suprema Corte explicou que a liberdade religiosa, direito garantido na Convenção Europeia de Direitos Humanos, não é absoluta. Ela pode ser limitada para proteger direitos alheios.
O casamento civil e religioso entre pessoas do mesmo sexo foi autorizado no Reino Unido em julho deste ano, depois que lei sobre o assunto foi aprovada no Parlamento britânico. A norma deixou a cargo das igrejas decidirem se aceitam casar gays ou não. A previsão é de que os primeiros casamentos entre homossexuais sejam celebrados no meio do ano que vem, já que a nova lei precisa de regulamentação antes de ser posta em prática.
Atualmente, no continente europeu, dez países permitem que os gays se casem. São eles: Bélgica, Dinamarca, França, Islândia, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia e Inglaterra. A Escócia deve ser o próximo a autorizar o matrimônio entre duas pessoas do mesmo sexo. Na Irlanda, um dos países mais católicos e conservadores da Europa, o governo já anunciou que deve fazer um plebiscito em 2015 para ouvir a população sobre o assunto.
Já a união civil entre gays é mais aceita no continente. Além dos que permitem o casamento, outros 16 países reconhecem a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo. Entre esses, apenas três — República Tcheca, Hungria e Eslovênia — são do Leste Europeu, onde os direitos dos homossexuais ainda são pouco reconhecidos.
Clique aqui para ler a decisão em inglês.

80 pessoas são executadas na Coréia do Norte


Coréia do Norte - De acordo com o jornal Joongang Daily News, Kim Jong- un mandou executar 80 pessoas publicamente no dia 3 de novembro. São as primeiras execuções públicas conhecidas desde que assumiu o poder após a morte de seu pai.
As execuções aconteceram em sete cidades da Coréia do Norte (Wonsan, província de Kangwon, Chongjin ao norte da Província de Hamgyong, no norte da província de Sariwon Hwanghae e Pyongsong e no Sul de Pyongan), sendo mortas, de acordo com o jornal, cerca de dez em cada cidade. Os motivos dados para as execuções foram: ter assistido a vídeos “pornográficos” da Coréia do Sul ou possuir uma Bíblia.
O jornal informou:
“Em Wonsan, oito pessoas foram amarradas a uma estaca em um estádio local, tiveram suas cabeças cobertas com sacos brancos e foram fuziladas com uma metralhadora, de acordo com a fonte”.
De acordo com testemunhas da execução, disse a fonte ao jornal, as autoridades de Wonsan reuniram cerca de 10.000 pessoas, incluindo crianças, em um Shopping Estádio, que tem capacidade para 30.000 pessoas, e obrigou-os a assistir.
"Eu ouvi dos moradores que assistiram com terror os corpos serem crivados por tiros de metralhadora e ao fim ficaram irreconhecíveis."
As vítimas eram em sua maioria acusadas de assistirem ou traficar ilegalmente vídeos da Coreia do Sul, ou estavam sendo envolvidas em prostituição ou mesmo pessoas que possuíam uma Bíblia. Os membros da família ou "cúmplices" foram enviados para campos de prisioneiros.
Kim Jong- un parece estar tentando acabar com a oposição, mantendo demonstrações públicas de violência. Qualquer sinal de simpatia para com a Coreia do Sul ou a seu estilo de governo ocidental é brutalmente impedida. A Coreia do Sul tem uma grande população de cristãos, e é sede da maior igreja do mundo, um fato de intimidação instantânea para Kim Jong- un.
O Dr. David Paul Yungi Cho, ou Paul Yonggi Cho, pastor sênior e fundador da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido da Coréia do Sul, maior congregação do mundo, com uma adesão de mais de 1.000.000. Segundo a Wikipedia, "Cho ainda realiza dois serviços dos sete que a igreja realiza em um dia, pois eles são tão pesadamente atendidos que as pessoas muitas vezes têm de chegar uma hora mais cedo para ter um assento".
Com números maciços como estes não é de admirar que o ditador comunista visse no cristianismo uma ameaça. Em agosto de 2013, o MisguidedChildren informou que o regime norte-coreano proíbe terminantemente a posse de vídeos e Bíblias cristãs, que, muitas vezes são chamados de " pornografia ".

É profundamente triste ver que os cidadãos da Coreia do Norte serem assassinados por crimes triviais. Também é preocupante que esse ditador possa forçar 10.000 pessoas assistirem a esse horror.