sábado, 18 de janeiro de 2014

Na Paraíba, casais hétero se recusam a casar junto com casais LGBT


Os dois cartórios que realizam casamentos homoafetivos em João Pessoa revelaram que sete meses após a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda existe uma homofobia por parte de alguns casais que se recusam a compartilhar a cerimônia com LGBT e que a procura diminuiu após aprovação da lei.

Desde a resolução do CNJ em 16 de maio de 2013 foram realizados aproximadamente 40 casamentos em João Pessoa. Na Capital dois cartórios realizam as cerimônias, o de Registro Civil do Conjunto Ernesto Geisel na Zona Sul e o Cartório Azevêdo Bastos na Zona Norte.

Na Zona Sul foram realizados aproximadamente 15 cerimônias, a dificuldade de ter números precisos , de acordo com a Oficial Substituta, Mariane Gomes, é que independente do sexo, os casamentos são registrados como contratante 1 e 2.
“A única dificuldade que o cartório passa é em relação a discriminação que ainda existe. As pessoas não querem casar com eles (casais LGBT). O Juiz titular sempre faz o casamento no cartório em uma sala individual, mas quando vem um substituto, faz junto independente da pessoa gostar ou não”, explica Mariane.
A Oficial destacou ainda que o cartório também foi proibido de realizar as cerimônias numa Igreja Católica. “Estamos construindo um salão de festas, porque fomos proibidos de levar os casamentos para a Igreja. Fomos afastados por causa dessa discriminação, de o pessoal religioso não aceitar”, diz.

Fora as questões externas, a oficial explicou que não há tratamento diferenciado por parte do cartório. Ela explica que é tudo feito da mesma forma, o mesmo valor, as mesmas condições e destacou que até mesmo alguns deles preferem que a cerimônia seja individual, pois é mais tranqüilo.

Na Zona Norte, o Cartório Azevêdo Bastos, registrou aproximadamente 25 casamentos, para eles a dificuldade de contabilizar é a mesma já que não há acepção de pessoas. Lá também os casais homoafetivos geralmente tem cerimônias mais reservadas. De acordo com o escrevente, Marcelo Oliveira, o fato curioso é que antes de ser regulamentado diversas pessoas ligavam procurando informações sobre os casamentos LGBT na cidade, mas depois a procura sofreu uma queda.

Fonte: Paraíba.com.br, 

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