segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO NO ANO 100 DC.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo soa como uma ideia contemporânea. Mas há quase 20 anos um estudioso católico de Yale chocou o mundo ao publicar um livro repleto de evidências de casamentos entre pessoas do mesmo sexo que foram sancionados pela igreja cristã primitiva durante uma era comumente chamada de Idade das Trevas.

Ilustração de Sergio e Baco em uma união do mesmo sexo.

John Boswell foi historiador e religioso católico que dedicou grande parte de sua vida acadêmica estudando o fim do Império Romano e o início da Igreja Cristã. Debruçado sobre documentos legais da igreja a partir desta época, descobriu algo incrível. Havia dezenas de registros de cerimônias da igreja, onde dois homens se uniam utilizando os mesmos rituais de casamentos heterossexuais. (Não foi descoberto quase nenhum registro de uniões lésbicas, provavelmente afetada por uma cultura que mantinha mais registros sobre a vida dos homens em geral).
Amparado por essa evidência, Boswell publicou em 1994, um ano antes de sua morte em decorrência da AIDS, um livro chamado de Same-Sex Unions in Pre-Modern Europe (Uniões do mesmo sexo na Europa pré-moderna). O livro atraiu controvérsias, atraindo críticas tanto da Igreja Católica quanto de comentaristas e sexólogos.
Dada as visões atuais da Igreja sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os detratores argumentaram que a história de Boswell parecia mais uma desejosa maneira de ver a história.
Mas não era, Boswell havia realmente começado sua pesquisa na década de 1970 e publicou outro trabalho igualmente controverso em 1980, intitulado de Christianity, Social Tolerance, and Homossexuality: Gay People in Westrn Europe from the Beginning of the Christian Era to the Fourteenth Century (Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade: Pessoas Gay na Europa Ocidental desde o início da era cristã ao século XIV). As uniões reservadas e refinadas do mesmo sexo expandiram muito sua aprendizagem ao longo da vida de pesquisa em fontes primárias em bibliotecas e arquivos espalhados.


Foto: Boswell em 1980

Como esses casamentos foram esquecidos pela história? Uma resposta fácil é que, como argumenta Boswell, a Igreja reformulou a ideia de casamento do século 13 para ser apenas com fins de procriação. E isto, batia a porta para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acadêmicos e funcionários da Igreja trabalharam duro para suprimir a história desses casamentos a fim de justificar a sua nova definição.
É evidente, a história é mais complicada do que isso. Boswell afirma que parte do problema é que nós definimos o casamento entre heterossexuais de forma tão diferente hoje que é quase impossível que os historiadores reconheçam documentos de 1800 anos de idade. Muitas vezes, esses documentos referem-se a unir "irmãos", que na época teria sido a maneira de descrever parceiros do mesmo sexo, cujo estilo de vida era tolerado em Roma. Além disso, os casamentos de mais de um milênio atrás não eram baseados na procriação, mas na partilha da riqueza. Assim, "casamento" ás vezes significava uma união não sexual de duas pessoas, ou da riqueza das famílias. Boswell admite que alguns dos documentos que encontrou pode referir-se simplesmente a união não-sexual de fortunas de dois homens, mas muitos se referem ao que hoje chamaríamos de casamento gay.
O jurista Richard Ante escreveu um artigo para um jornal explicando que o livro de Boswell pode até ser usado como evidência para a legalidade do casamento entre pessoas homossexuais, uma vez que mostra evidências de que as definições de casamento mudaram ao longo do tempo. Ele descreve algumas evidências (de Boswell) destes ritos de casamento do mesmo sexo no início do primeiro milênio:
O rito de enterro dado a Aquiles e Pátrolo, ambos homens, era um rito de enterro para um homem e sua esposa. As uniões de Hadrian e Antinous, de Polyeuct e Nearchos, Felicidade e Perpétua e dos Santos Sérgio e Baco, todas foram semelhante a dos casamentos heterossexuais de suas épocas. A iconografia de Sérgio e Baco foi a usada em cerimônias nupciais do mesmo sexo pela Igreja Cristã Primitiva.
A principal evidência de que as uniões do mesmo sexo eram casamento é o fato da semelhança íntima das cerimônias heterossexuais. O estudioso literário Bruce Holsinger descreve detalhes das cerimônias do mesmo sexo das histórias de Boswell:
[Boswell] postula habilmente o desenvolvimento dos escritos nupciais heterossexuais e de casais do mesmo sexo como um único fenômeno, acompanhando o crescimento do último de "apenas um conjunto de orações" no início da Idade Média para seu florescimento como um "escrito cheio" no século XII, que envolvia "queima de velas, a colocação das mãos dos dois cônjuges sobre o Evangelho, a união de suas mãos direitas, a ligação de suas mãos... com um padre de estola, uma coroação com uma ladainha introdutória, a Oração do Senhor, a Comunhão, um beijo e as vezes um circular ao redor do altar." Boswell dedica um capítulo inteiro comparando esses rituais a seus homólogos heterossexuais, revelando uma série de semelhanças extraordinárias entre os dois; em vários apêndices, totalizando quase 100 páginas, ele compilou numerosos exemplos dos próprios documentos (incluindo cerimônias de matrimônios heterossexuais e rituais de adoração para comparação) para permitir que "os leitores... julguem por si mesmos", como diz ele. (Boswell traduziu a maior parte das cerimônias, por isso os leitores não terão que se preocupar em ler em eslavo da Velha Igreja).
Eram as uniões do mesmo sexo da Idade Média a mesma coisa do casamento LGBT de hoje? Provavelmente não. As pessoas da época não teriam visto a união de dois homens como algo fora do comum. O próprio casamento significa algo diferentes a milhares de anos atrás, e os tabus sociais contra a homossexualidade ainda não tinham se solidificado. Ainda assim, no trabalho de Boswell encontramos registros de instituições onde os casais do mesmo sexo foram honrados com as mesmas cerimônias que os casais do sexo oposto. Dois homens poderiam viver como "irmãos", partilhando riqueza, casa e família. E sim, eles também podiam se amar uns aos outros.
Embora Boswell tenha morrido antes de seu país começar a permitir o mesmo tipo de união, ele pôde desenhar a esperança de saber algo que a maioria das pessoas não sabiam. Até mesmo os tipos mais fundamentais das relações humanas mudam com o tempo. Aqueles que são banidos hoje podem ser abençoados amanhã, assim como eram a mais de mil anos atrás.

Fonte: io9.com.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O QUE AS PESSOAS REALMENTE QUEREM DIZER QUANDO AFIRMAM: "MAS EU ACREDITO NA BÍBLIA POR INTEIRO"

"Mas eu acredito na Bíblia por inteiro"

É uma frase muito comum de si ouvir nos círculos cristãos.
No curso de ensinar aos outros a viver como Jesus viveu, fazer o que Jesus fez e seguir o que Ele ensinou não há escassez de objeções a ideia. Infelizmente, aqueles que na maioria das vezes se opõe a noção radical do dever de realmente seguir o que Jesus fez e obedecer o que Ele ensinou, são companheiros cristãos.
Embora possamos amar cantar: "Eu decidi seguir a Jesus, não tem volta, não tem volta". Mas, quando entramos no âmago da questão de emular como Jesus viveu e obedecer as coisas que Ele ensinou, tropeçamos em coisas que não parecem muito sensatas para nós.
Amai vossos inimigos?
Morrer pelos inimigos em vez de matá-los?
Bem-aventurado os mansos?
Ponha de lado sua espada?
É muito pouco para alguns cristãos. E assim, aqueles que lutam com o compromisso de seguir Jesus tiram um ás de sua manga: "Mas eu acredito em toda a Bíblia".
Admito, soa bem na superfície, mas aqui está o que realmente significa: "Eu particularmente não me importo com o que Jesus disse nessa passagem, mas, sei de uma do Antigo Testamento que entra em contradição com ela, então sigo o Velho Testamento."
Já ouvi isso expresso um pouco mais diretamente: "Sim, Jesus disse para amar seus inimigos, mas Ele é o MESMO Deus que comandou a morte dos bebês cananeus, certamente, não significa que não possamos matar nossos inimigos. Caminho olhando para frente, e acredito na Bíblia por INTEIRO, obrigado."
É um jogo fácil de se jogar por existir uma abundância de textos para escolher. Como disse Brian Zahnd recentemente: "o caminho mais inteligente para se esconder de Jesus está por trás de uma Bíblia." Infelizmente, é verdade. Se você deseja executar completamente o exemplo e os ensinamentos de Jesus, pode fazê-lo sem sair das páginas das Escrituras.
Se esconder de Jesus usando a Bíblia, não é nada original, tem sido assim desde que Ele andou entre nós. De fato, encontramos no evangelho de João 5:9, Jesus repreendendo os líderes religiosos por usarem a Bíblia como um escudo para evitar esta nova forma radical de vida que Ele propunha. Ele diz que eles perderam todo o propósito das Escrituras: Ele mesmo.
Jesus adverte que pode-se conhecer o Antigo Testamento por dentro e por fora, e ainda assim perder o ponto de tudo isso. Adverte que se alguém usa a Escritura para evitar a sua nova maneira de viver, se alguém a usa para encontrar razões para não seguir seus ensinamentos e exemplo, terão perdido a própria vida.
Jesus explica-os usando a analogia de um edifício, uma história que muitos de nós aprendemos em canções quando éramos crianças. Havia um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha, e um imprudente que edificou sua casa sobre a areia. A história segue e descem "as chuvas, e correm os rios, e assopram os ventos..." Qual delas durou? O da rocha, é nítido. No final da analogia Jesus explica: "Portanto, quem houve estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha" (Mateus 7:24).
Note que Ele não diz: "todo mundo que lê a Lei de Moisés e a põe em prática é como o homem prudente...", mas diz: "todo aquele que ouve estas minhas palavras...".
Quando alguém se depara com algo que Jesus disse e responde com: "Mas eu acredito na Bíblia inteira", está se engajando em uma tradição de mais de 2000 anos de idade, a de usar a Bíblia para se esconder de Jesus, e torna-se o construtor de tolice da história que se recusou a construir sua casa sobre a única coisa que realmente vale a pena: o exemplo e o ensinamento de Jesus.
Mais tarde, no Novo Testamento, encontramos uma prova que é um aviso Deus de que devemos imitar o exemplo de Jesus: "Aquele que diz que esta nEle, também deve andar como Jesus andou." (I João 2:6).
Observe que a evidência de que nós pertencemos a Deus não é vivermos como Moisés ou Josué, ou qualquer outro personagem da Bíblia: é vivermos como Jesus.
Veja, o ponto da história de Deus é Jesus. Ele sempre foi uma história sobre Jesus. Nunca foi sobre qualquer outra coisa. O momento em que os líderes religiosos perdem a verdade é quando usam o Antigo Testamento para se esconder da nova coisa que Deus queria mostrar-lhes.
Todo o propósito da vida cristã é viver como Jesus, aqui e agora.
É o Antigo Testamento útil? Certamente. Mas sempre há uma tensão entre algo que Jesus disse e algo de outras partes da Bíblia, o desempate é sempre de Jesus. SEMPRE. Isso porque Jesus disse que todo o ponto do Antigo Testamento era trazer-nos para segui-lo. Apenas Ele. Ninguém e nada partilha seu lugar. Não há outros personagens da Bíblia, nem mesmo a própria Bíblia. Se Jesus é o Senhor, nada mais pode ser.
Assim, quando alguém responde aos ensinamentos de Jesus com: "Mas eu acredito em toda a Bíblia", geralmente é um sinal de que está fugindo dEle e usando a própria ferramenta para apontar-nos um novo caminho.
Mas é nosso trabalho levar as pessoas de volta a Jesus, até mesmo os companheiros cristãos, mesmo que nos tornemos impopular.
Porque seguirmos os ensinamentos e o exemplo de vida de JESUS sempre foi o ponto de tudo isso.

Fonte: www.patheos.com.

O GIGANTE ADORMECIDO DO CRISTIANISMO PROGRESSISTA

É ESTE O FIM?

Phyllis Tickle sempre argumentou que a luta sobre o casamento e a sexualidade humana seria a última batalha da guerra cultural. É a última pasta da plataforma política conservadora cultural; e a pasta está desmoronando. É por isso que a luta foi tão brutal. Ele argumenta que os cristãos conservadores veem isso como o fim, e estão, portanto, dispostos a lutar até o último suspiro para defender o status quo.
Na última década uma vasta erudição emprestou o argumento progressista para a igualdade no casamento e no tratamento das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - LGBT, hoje há muito mais consenso entre os cristãos e estudiosos do que em uma década. As "passagens Clobbers" foram dizimadas nos últimos anos e por isso totalmente desacreditadas e, a influência sobre sua discussão tem cada vez menos efeito fora dos limites dos cantos extremos da fé e de seu resíduo em nossas tradições.
A maré nitidamente mudou e ficou anos atrás. Estamos apenas sentindo as correntes agora. Assim, não é de se admirar que os guerreiros da cultura se sintam tão perturbados e ameaçados, dada a mudança dramática e aparentemente rápida (Embora, o que levou a isso, tenha sido um trabalho de base através de décadas) na cultura. A decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em 2013 e também da Suprema Corte Americana não foram momentos isolados, mas, um divisor de águas em meio a uma luta de meio século.
De certa forma a preocupação conservadora é correta. As coisas mudaram. Mas não de repente, e não para o mal. De muitas maneiras, essa era uma guerra cultural, lançada na década de 1980 sobre o chamado inimigo de dentro, que raramente lutou contra, mas que nos trouxe até aqui. A organização e os ralis da causa conservadora unificada não vem dos opressores não liberais, mas, de uma cultura moderada e normatizada que luta contra a pós-modernidade, esta guerra e todo seu campo de batalha são com as questões que constroem nosso mundo. Uma guerra pela fé, pela própria definição de verdade.
Isso significa que o único alvo desacreditado nesta guerra são os outros cristãos. Está nítido que é um movimento estranho, uma vez que parece ser um comportamento decididamente não-cristão.
Também é ilógico em propósito. Nenhuma parte da igreja foi mais duramente atingida pela queda da modernidade do que a linha progressista de centro. Ela tem lutado para levantar sua voz e reivindicar sua ética cristã com força e nitidez, mas, fica muito atolada e misturada a enigmas filosóficos, dicção e doutrinas.
Os cristãos conservadores têm ridicularizado as igrejas progressistas e a linha principal de suas lutas, criticando e humilhando em fóruns públicos por décadas, sempre sugerindo que seu declínio coincidirá com o declínio do liberalismo. Ás vezes indo tão longe, a ponto de chamá-lo de castigo de Deus. Nos últimos anos houve a maior taxa de declínio entre os evangélicos conservadores e os progressistas em muito tempo. Embora o cristianismo conservador tenha sido um pouco mais forte que há uma década atrás, o cristianismo progressista nunca foi tão fraco.
Por que então, os conservadores o escolheram como valentão? Em suas próprias medidas de auto-avaliação eles têm ganhado. Se a tendência continuar, eles terão vencido em questão de décadas. Então, como pode isso? O membro mais fraco da família cristã é, na realidade, o mais perigoso? Os progressistas, os mais insignificantes, ignorados e ridicularizados é, simultaneamente, o inimigo mais assustador que a igreja já enfrentou? É ambos, insignificante e aterrorizante ao mesmo tempo. Mas, e se os conservadores sabem algo que nós não sabemos? E se eles realmente sentem algo sobre o resto de nós que não percebemos ainda? Ou, mais importante, não estamos dispostos a reconhecer em nome de nossas igrejas?
Os progressistas tem desempenhado o papel de gigante adormecido que recusa-se a despertar, mesmo diante de todos os acontecimentos. Recusa-se a despertar mesmo após o 11/09 nos EUA. Recusa-se a ser despertado mesmo após a tortura de Abu Ghraib. Recusa-se a despertar após o colapso econômico. Recusa-se a despertar em meio a desigualdade de gênero, geracional e racial, a lgbtfobia, em meio ao aumento da mortalidade infantil, corrupção, desigualdades no acesso a justiça, educação e saúde.
Talvez o gigante adormecido seja lento para acordar, despertou a décadas atrás, mas é lento para ficar em pé. Mas, é difícil de controlar e impossível de parar.
E talvez, apenas talvez, eles o nomeiam de gigante, o verdadeiro gigante, o da transformação; que não são as igrejas progressistas em si, mas a ética teológica progressista que desperta muitos para abraçá-la. Pois é o próprio gigante que as igrejas conservadoras temem.
O gigante, tão aterrorizante para os privilegiados que vivem confortavelmente, para os ricos e igualmente ignorantes. Ele veio trazer o Reino, virando as coisas de cabeça para baixo, de dentro para fora. As grandes igrejas abatidas e as pequenas levantadas. Um gigante de transformação e inovação de gostos que a humanidade não via durante gerações, com novas expressões e reflexões de graça ainda não nomeamos. Este gigante vem com amor e esperança. Mas não será gentil com a supremacia branca, a justiça desigual e as contas bancárias bilionárias.
Essas coisas são fato.
Os evangélicos conservadores estão certos: a fé mais poderosa e transformadora está nascendo. Uma fé que anseia por incluir todas e todos nós.

Fonte: http://drewdowns.net

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

VOCÊ SABE O QUE É CRISTIANISMO PROGRESSISTA?


O Cristianismo Progressista é uma forma de cristianismo que se caracteriza pela vontade de questionar a tradição, a aceitação da diversidade humana, forte ênfase na justiça social e no cuidado dos pobres e oprimidos, e gestão ambiental da Terra. Cristãos progressistas têm uma profunda crença na centralidade da instrução do "amor uns aos outros" (João 15:17), dentro dos ensinamentos de Jesus Cristo. Foca-se na promoção de valores como a compaixão, a justiça, a misericórdia e tolerância, muitas vezes através do ativismo político. Embora proeminente, o movimento não é de forma alguma o único significativo do pensamento progressista entre os cristãos (Estudaremos outros movimentos mais a frente).
O Cristianismo progressista baseia-se nas ideias de múltiplos fluxos teológicos, incluindo evangelicalismo, liberalismo, neo-ortodoxia, pragmatismo, pós-modernismo, reconstrucionismo progressivo e teologia da libertação. Embora os termos Cristianismo Progressista e Cristianismo Liberal sejam muitas vezes usadas como sinônimo, os dois são movimentos distintos, apesar de muita sobreposição.
Algumas características do cristianismo progressista, embora nenhuma seja exclusiva dele, são:
  • A vitalidade espiritual e expressividade (incluindo a participativa, adoração com infusão de artes, bem como uma variedade de disciplinas e práticas espirituais como oração e/ou meditação).
  • Integridade Intelectual e criatividade (incluindo uma abertura para questionamentos e uma insistência no rigor intelectual).
  • Compreensão da espiritualidade como um afetivo e real estado psicológico ou neural (Veremos mais na frente Neuroteologia).
  • Interpretação crítica da escritura como um registro de experiências históricas e espirituais humanas e uma reflexão teológica sobre isso em vez de uma composição de fatos literais ou científicos. Aceitação de uma crítica moderna e histórica da Bíblia.
  • Aceitação (embora não necessariamente de validação) de pessoas com diferentes entendimentos do conceito de "Deus" (como o panteísmo, deísmo, não-teísmo) como uma construção ou uma comunidade.
  • Compreensão da comunhão da igreja como um símbolo ou reflexo do corpo de Cristo.
  • Uma afirmação de fé cristã com um sincero respeito simultâneo de verdades existentes em outras tradições.
  • Uma afirmação de ambas unidades humana e espiritual na diversidade social.
  • Uma afirmação do universo, e mais imediatamente da Terra, como contexto natural e primário de toda espiritualidade humana.
  • Um compromisso inflexível com a opção pelos pobres e uma solidariedade constante com eles como sujeitos de sua própria emancipação, em vez de objetos de caridade.
  • Compaixão por todos os seres vivos.
  • Suporte para a afirmação e os direitos LGBT, incluindo, mas não limitado ao suporte para o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a afirmação das pessoas LGBT como cristãs autênticas, afirmação da identidade trans e assim por diante.
8 pontos do cristianismo progressista.
1 - Acredita que seguindo o caminho e os ensinamentos de Jesus podemos tomar uma consciência e experiência do sagrado e a unicidade e unidade de toda a vida;
2 - Afirma que os ensinamentos de Jesus fornecem apenas uma das muitas maneiras de experimentar a sacralidade e a unidade de vida, e que podemos chamar diversas fontes de sabedoria em nossa jornada espiritual; 
3 - Procura uma comunidade que seja inclusiva para todas as pessoas, incluindo, mas não limitada a:
  • Cristãs convencionais e céticos questionadores,
  • Crentes e agnósticos,
  • Mulheres e homens,
  • As pessoas de todas as orientações sexuais e identidade de gênero,
  • Aqueles de todas as classes e habilidades.
4 - Saber que a forma como nos comportamos em relação uns aos outros é a expressão mais plena do que acreditamos;
5 - Achar graça na busca de compreensão e acreditar que há mais valor em questionar do que no absoluto;
6 - Esforçar-se pela paz e justiça entre todos os povos;
7 - Esforçar-se para proteger e restaurar a integridade da nossa Terra;
8 - Comprometer-se a um caminho de aprendizado, compaixão e amor altruísta ao longo da vida.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A BÍBLIA NÃO PRESCREVE APENAS UM MODELO DE CASAMENTO!


Muitos dizem ter a Bíblia como base em sua recusa de aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eles e elas afirmam: "Acredito que o casamento é entre um homem e uma mulher, pois assim diz a Bíblia."
No entanto, o casamento na Bíblia, assume várias formas. Ela não oferece um "modelo único" ou "uma única versão".
Na verdade, os casamentos bíblicos diferem muito significativamente das entendidas uniões contemporâneas entre homem e mulher.
É nítido que ela pode ser pautada pelo amor de um marido por sua esposa (Efésios 5:22). Mas, se formos copiar as normas sociais da época, os casamentos deveriam ser marcados pela submissão da esposa ao marido (Efésios 5:22-24). Ao contrário, o que vemos hoje é que muitas relações são marcadas por uma parceria e igualdade entre os cônjuges, em vez de uma submissão.
Comumente as uniões bíblicas eram arranjadas. Uma mulher "era dada" em casamento por seu pai (Lucas 20:28-34). O arranjo era muitas vezes mais motivado por uma aliança entre as famílias do que baseado em nossos valores de escolha individual, amor ou realização pessoal.

O casamento bíblico também podia ser fundamentado na violência. Se um soldado (homem) capturasse uma mulher em uma batalha, ele poderia se casar com ela um mês mais tarde, depois de seu sofrimento. Seu cativeiro e estupro são nomeados como "casamento". (Deuteronômio 21:11-24).
Uma mulher que fosse estuprada devia se casar com seu estuprador (Deuteronômio 22:28-29). Certamente ficamos amedrontados com esses cenários de casamentos bíblicos entre homem e mulher.

A Bíblia também se refere ao "casamento espiritual". O casal que se deu em matrimônio mas decide não ter sexo. Paulo reconhece os desafios de um homem permanecer como "virgem" (I Coríntios 7:37-38). "Virgem" é o significado literal da palavra grega, muitas vezes erroneamente traduzido como "noivo".

Refletindo sobre sua sociedade centrada no homem, Paulo ignora os desafios da mulher. Mas não desaprova seu casamento.

A Lei do Levirato também era uma forma bíblica de casamento (Deuteronômio 25:4-10; Mateus 22:23-33). Se um homem morresse sem produzir herdeiros, seu irmão devia se casar com sua esposa para que ela desse a luz um herdeiro masculino. O herdeiro continuaria com o nome, a linhagem e as posses do morto. É de si presumir que se o irmão fosse casado, ganharia outra esposa.

Uma outra forma de casamento bíblico é a poligamia, em que um homem possuí várias esposas ao mesmo tempo. Abraão, Gideon, Davi e Salomão estão entre os homens com mais esposas. Já não há nada que fale sobre uma mulher ter vários maridos.

Poderíamos falar em uma numerosa citação de relações, possivelmente íntimas, na Bíblia que não são reconhecidas como casamento, mas, como este é um breve resumo do complexo tema sobre se o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser validado, ficamos por aqui.
É nítido a imprecisão de fazermos apelos arrebatadores sobre o "casamento bíblico", como se suas sanções fossem apenas aquelas que entendemos hoje. Isso não é possível!

Temos de reconhecer que, como sociedade, rejeitamos alguns arranjos de casamentos bíblicos, como o da Lei do Levirato e os casamentos polígamos.
Não exigimos legalmente, graças a Deus, que as mulheres capturadas e/ou estupradas se casem com seus captores/estupradores.
Não temos uma decisão legal sobre "casamentos espirituais" ou "casamentos assexuados".

Como sociedade, abraçamos uma forma de casamento entre homem e mulher que compreenda uma livre escolha, através do amor e da parceria, não de uma hierarquia dominada pelos homens (há exceções).
Agora nossa sociedade tem reconhecido o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As passagens bíblicas frequentemente citadas contra as uniões do mesmo sexo referem-se predominantemente a relações do mundo antigo que diferiam significativamente dos atuais relacionamentos comprometidos através do amor.
Os textos bíblicos geralmente se referem a relações de pessoas do mesmo sexo marcada pelo poder explorador que abusava de jovens e escravos do sexo masculino.
Eles não se referem aos compromissos e relacionamentos amorosos que cumprem a forma base dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo que o mundo contemporâneo declara legal.


Baseado no texto de Warren Carter.

terça-feira, 14 de julho de 2015

SEIS RAZÕES BÍBLICAS PARA OS CRISTÃOS ABRAÇAREM A RELAÇÃO AMOROSA DO MESMO SEXO!

Enquanto muitos cristãos e cristãs no mundo acreditam que Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT não podem ir para o céu simplesmente por causa da interpretação de cerca de 20 dentre um universo de 31 mil versículos da Bíblia cristã, gostaria de argumentar que essa percepção anti-LGBT, na verdade, vai contra o que a Bíblia e Cristo realmente dizem sobre as pessoas que amam pessoas do mesmo sexo.
Apresentarei seis convincentes argumentos bíblicos usando a teologia, os entendimentos socioculturais de definições bíblicas específicas e o bom, velho e lógico bom senso comum para provar que a Bíblia deve ser usada como uma aliada para as relações de amor e gênero.

MOTIVO SEIS
As passagens bíblicas normalmente usadas para "condenar" as relações do mesmo sexo não estão falando de relações LGBT:
Enquanto não costumo agir como um estudioso da Bíblia, me irrita ver como tantos cristãos estão cegos para o contexto histórico das histórias que tipicamente são usadas para condenar as pessoas LGBT pelo fato de não serem heterossexuais.
A seguir estão alguns fatos sobre os períodos bíblicos em que as "Passagens Clobber", palavra americana para textos normalmente usados para dizer "A Bíblia diz nitidamente que ser LGBT é pecado". Preste atenção como você pode aprender algo novo sobre ambiguidades bíblicas nas escrituras.
Por que evocam essas passagens "utilizando-as equivocadamente"? Confira as passagens das Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) e Escrituras Cristãs (Novo Testamento):
Gênesis 2:1925 "Adão e Eva"
"No princípio Deus criou Adão e Eva, não Adão e Steve, nem Eva e Maria." Ministros e ministras cristãs anti-LGBT utilizam isso como ponto crucial para propagar o mito de que a homossexualidade é "antinatural".
Embora a Bíblia diga em Gênesis que Deus fez "homem e mulher", isso realmente significaria que todos os homens e todas as mulheres precisariam se relacionar com parceiros do sexo oposto?
Falando sobre "antinatural": no princípio, por exemplo, os primeiros seres humanos não usavam óculos para ver, nem cadeiras de rodas para se locomover, ou anexavam próteses para aumentar a mobilidade. São esses aspectos "não naturais" da humanidade?
Muitas traduções dizem que Deus fez para Adão um(a) "ajudante/companheiro(a) adequado(a)." Mesmo Adão tendo todos os animais do mundo sob seu domínio, viu Deus que ele estava sozinho e precisava de um(a) ajudante "apropriado(a)", e aconteceu assim de Eva ser criada.
Relacionando isso com nossa própria vida, pois muitos de nós estamos rodeados de "ajudantes" e "companheiros(as)", mas apenas alguns, talvez um(a), é verdadeiramente adequado(a) para nos ajudar e confortar durante a longa jornada da vida. As pessoas LGBT são cercadas por companheiros(as) heterossexuais que seriam ajudantes perfeitamente "adequados(as)", mas não foram criados(as) para ter como "companheiro(a) e auxiliador(a) idôneo(a)" alguém do sexo oposto. Além disso, se as pessoas heterossexuais não são destinadas a serem seus/suas "auxiliares/acompanhantes adequados(as)", isso significaria que eles/elas teriam sido feitos(as) para ficarem sozinhos(as), sem ajudante? Acredito que Deus diria "não", de acordo com Gênesis 2:18.

Gênesis 19:1-13 "A destruição de Sodoma e Gomorra"
A história de Sodoma e Gomorra. Basicamente Deus diz que vai destruir a cidade de Sodoma e Gomorra se os dois anjos enviados por Ele não encontrarem pessoas justas dentro das cidades. Uma vez que chegam a cidade, um homem bondoso chamado Ló convida-os para sua casa. Isso irrita os homens de Sodoma, que se reúnem do lado de fora da casa de Ló, desejosos de intentar "ações perversas" contra eles. Momentos depois, as duas cidades são destruídas pela chuva de fogo.
Muitos ministros e ministras cristãs anti-LGBT usam essa passagem como exemplo da ira de Deus contra a homossexualidade... como se os homens de Sodoma fossem todos homossexuais, e, todos tentassem "ser gays com" estes dois anjos.
Historiadores e sociólogos dizem que o estupro era uma forma de humilhação muito comum no antigo mundo ocidental. Os homens sodomitas não vieram a casa de Ló ter relações amorosas ou afetuosas com os anjos que estavam lá. Eles vieram estuprá-los.
Além disso, várias partes da Bíblia (Lc. 10:10-13; Is. 19:13-14; Jr. 23:14; Ez. 16:49; Sf. 2:8-11) nos dizem que Deus desprezou a ganância e a maldade para com os que vinham de fora como pecado das cidades, não o fato dos homens quererem "fazer sexo" com os anjos.

ENTÃO... EM LEVÍTICO 18:22 HÁ "UM MOSAICO DE PROIBIÇÕES E DIREITOS" E EM LEVÍTICO 20:13 "MOSAICO DE PUNIÇÕES POR VIOLAR A LEI DE MOISÉS"

É no mínimo ridículo usar Levítico para condenar qualquer coisa, pois é simplesmente olhar para o que no mundo do Livro era condenável.
Regras da Bíblia foram sempre ligadas a algum tipo de raciocínio. No caso da proibição de sexo gay (não lésbico), consiste no entendimento judaico-cristão primitivo de que o sêmen era considerado impuro, pois o sexo só poderia ser concebido para procriação.
Confira o que Deus faz com Onan quando ejacula fora de uma mulher em Gênesis 38.
Nas mesmas passagens onde o sexo gay é condenado e punido, há a proibição de comer camarão, colheita de co-mistura, comer coelho, juntar dois tecidos em uma só roupa, e, comer carne crua. Assim, se você é um literalista bíblico, pode começar a costurar suas próprias roupas e se tornar um vegetariano.

TRÊS PASSAGENS DA ESCRITURA CRISTÃ (NOVO TESTAMENTO)

  • Romanos 1:26-27 "Paulo fala do desprezo de Deus";
  • I Coríntios 6:9 "As pessoas que herdarão o Reino dos Céus";
  • I Timóteo 1:9-10 "Paulo fala de pessoas injustas".
Dando uma olhada na primeira passagem, a mais frequentemente citada pelos ministros e ministras cristãs anti-LGBT, que esquecem que a palavra "natural" tem duas definições:
  1. "Cientificamente destinado a acontecer, ou seguir o curso da natureza", e
  2. "Normal, o esperado, ou comum".
Como sabermos qual a definição que Paulo está usando aqui? Mais tarde, no Livro de Romanos, Paulo escreve que Deus agiu "contrário a natureza", e, não quis dizer que Ele agiu "de forma imoral ou contra o curso da natureza", mas sim que agiu "de forma inesperada".
Compreendo isso e o fato de que ninguém pode realmente saber se Paulo tinha ciência do significado do que era inato e do que não era, ele chamou essas relações de "costumadas" e "incomum".
Jesus fez muitas coisas "incomuns" em seu tempo. Uma das quais foi iniciar uma conversa com uma mulher samaritana, o que era bastante "incomum", pois judeus nunca falavam com samaritanos, nunca falavam em público com mulheres entre outras pessoas. Certamente não podemos pensar que só porque algo é "incomum" seja "mal".
Depois, em qualquer tradução, as palavras usadas por Paulo são traduzidas por "relações" e "paixões" ("paixões" "desejo", "sexo"), que querem dizer o que realmente são e não relacionamentos amorosos realizados por pessoas do mesmo sexo, mas, apenas relações concupiscentes e egoístas.
Quando traduções recentes usam a palavra "homossexual", isso implica numa trágica perca da tradução de duas palavras gregas principais, "arsenokoitai" e "malakoi." Se a grande maioria dos interpretes não fossem pacifistas, haveria uma guerra entre eles sobre os significados dessas palavras. Uma boa explicação vem do estudioso bíblico DB Martin, que diz que devido às suas pistas de contexto, "arsenokoitai" tem haver com a exploração sexual, como o tráfico de pessoas para prostituição e não com a orientação sexual, como a homossexualidade.

MOTIVO CINCO
 Há pelo menos dois pares de homossexuais citados na Bíblia.
Realmente nunca tivemos a chance de sermos reconhecidos pela sociedade dominante ou pela história, para sabermos quem éramos e quem somos hoje. A própria Bíblia é a prova do amor entre pessoas do mesmo sexo.
  • Relacionamento de Ruth e Noemi.
Superfícialmente:
Isso parece uma amizade de conveniência mútua: duas amigas moram juntas para compartilhar recursos em um mundo frio e duro, até que uma delas se casa e tem um monte de crianças.
Toda história.
Ruth e Noemi fizeram parte de uma grande família feliz (na verdade, Ruth se casou com o filho de Noemi). Mas, um desastre fez com que todos os homens da família morressem. Ruth fica viúva. Noemi tinha outra nora (filha de lei), Orfa. Agora, todas viúvas, a única coisa lógica para uma mulher fazer naquele tempo era (especialmente as que não tinham benefícios sociais de serem casadas e cuidadas por um homem) retornar pra sua própria família. Noemi diz a Orfa que volte para sua família, e ela segue com lágrimas nos olhos. Mas, quando fala a mesma coisa para Ruth, ela recebe uma promessa muito especial, em Ruth 1:16-17.
(O apelo sincero e a promessa de amor e devoção é tão adorável que é repetida em muitas cerimônias matrimoniais heterossexuais cristãs).
Após o trabalho de apoiarem uma a outra, Ruth encontra Boaz, um senhor de 80 anos parente distante do marido morto de Noemi, que vê a bondade e o amor entre ambas e se casa com Ruth para continuar o legado da família (uma tradição importante da época).
Mesmo depois do casamento e da bênção das crianças, a comunidade comemora o fato de Noemi "ter um filho", como visto em Ruth 4:17, e lembra que Ruth ama muito a Noemi, Ruth 4:15. Então... é lésbica?
O livro não faz muita justiça às amantes desta história que contém uma promessa de amor que, de tão poderosa é usada em cerimônias de casamentos. Não falamos uma coisa dessas para uma outra pessoa se não estivermos verdadeiramente apaixonados. Fala original:
Versão King James de Ruth 1:14 diz: "mas Ruth se apegou a ela" no momento em que deveria retornar para sua família. Em Gênesis, o casamento é retratado como "um homem deixando pai e mãe e apegando-se a sua esposa." Ruth e Noemi tornaram-se "uma só carne".
Para não mencionar que a Bíblia dá pouca atenção à relação entre Ruth e Boaz, e muito mais atenção à Ruth e Noemi, mesmo depois do casamento com Boaz.
  • Relacionamento de Davi e Jonatas.
Superfícialmente:
Nosso segundo par de pombinhos é o que a maioria das Bíblias de estudo chamam de "bons amigos".

Toda a história (Com algumas introspecções polvilhadas):
Primeiro Jonatas olha lentamente para Davi e instantaneamente se torna "um espírito com Davi", assim que o conhece. Ele entrega a Davi os bens mais importantes para uma família real: sua espada, seu arco e até mesmo as roupas do corpo. (I Samuel 18:1-4).
Em seguida, Davi deixa sua própria família para ficar com Jonatas e seu pai, o rei Saul. O que foi isso, "homem deixando pai e mãe para unir-se a sua esposa?".
Depois, entre os capítulos 19 e 20 de I Samuel, Saul tenta matar Davi por várias vezes (o rei Saul sabia que Davi e sua família poderiam usurpar sua autoridade e um dia reinar o reino de sua família), mas Jonatas por vezes protege seu amor, mesmo sabendo que a morte de Davi seria a garantia de que sua família reinaria por muito tempo.
Jonatas e Davi se unem depois de uma terrível tragédia, e fazem uma "aliança" diante do Senhor, que estariam juntos como (Interpretação da Bíblia) "amigos" para sempre e que suas famílias seriam um conjunto. (I Samuel 20:40-41) (Não sei quanto a vocês, mas, para mim, isso soa como uma promessa de casamento).
Finalmente, muito tempo depois das mortes de Jonatas e Saul, o rei Davi lamenta seu amor no início de II Samuel, dizendo que "Seu amor foi maravilhoso demais para mim, mas maravilhoso do que os da mulheres." (Versículo 26). O rei Davi ainda mantêm sua promessa e faz o impensável para um rei, cria o filho de Jonatas como seu próprio filho.
Não conheço ninguém que possa transformar os versos e dizer que "Davi e Jonatas tiveram o mais legal romance platônico na Bíblia."
Há mais um relacionamento gay na Bíblia, mas deixaremos para o final deste ensaio.

MOTIVO QUATRO 
Intolerantes têm usado a Bíblia para oprimir outros grupos "minoritários".
As pessoas nem sempre têm as melhores intenções quando usam coisas que podem influenciar as massas. A igreja cristã não foi sempre benevolente e benfeitora como seu chamado "venha como és", para a maioria das pessoas como é hoje. Voltando para a época (Medieval e até mesmo colonial), a igreja meio que agiu como uma máfia. Se você não cantasse conforme sua música e seguisse suas regras estaria dormindo literalmente com os peixes. Algumas comunidades cristãs lançavam mulheres na água para certificassem se eram bruxas.
Praticamente até o movimento dos Direitos das Mulheres no século 20, os líderes cristãos evangélicos usaram a Bíblia para fundamentar e dar suporte a sua "Nenhuma menina é permitida", política de não liderança da igreja para as mulheres. Em algumas sociedades religiosas hoje, algumas mulheres são obrigadas a manter-se sexualmente tímidas, devido a uma interpretação abusiva da história de Adão e Eva.
Durante o século 19, fortes apoiadores da escravidão de africanos usavam a Bíblia (especificamente a Maldição de Cão em Gênesis 9) para pregar ridículas atrocidades sobre pessoas de pele escura e seu "maldito" papel na sociedade branca.
O que estou tentando dizer é que a Bíblia é uma grande e maravilhosa ferramenta para entender Jesus Cristo e tornar-se uma pessoa boa, mas talvez devesse vir com uma etiqueta dizendo: "Atenção: Os loucos têm usado esse livro para subjugar mulheres, apoiar a escravidão e espalhar a lgbtfobia. Leia com cuidado e crítica."

MOTIVO TRÊS
Fazer pequeninos tropeçar, pode arruinar sua vida.

É bom ter uma opinião e não dar a mínima para o que as pessoas fazem com suas vidas, pois existem um punhado de pessoas que realmente precisam de um pontapé no traseiro para pararem de agir como idiotas pirados que dizem o que é o quê.
Jesus adorava dizer às pessoas o que eram as coisas, pois via que o que muitas pessoas realmente faziam era prejudicar as outras. De maneira um tanto irônica, disse por várias vezes que as pessoas não deviam julgar as outras. Sinto que o mandamento mais poderoso e mais citado sobre julgamento está em Mateus 7:1-5. O famoso verso diz: "Não julgueis, para não serdes julgados", continua o mandamento dizendo "Remova a trave em seu próprio olho, só então se preocupe com o cisco no olho da outra pessoa."
Espere um minuto, alguns de vocês devem pensar, primeiramente diz que Jesus não quer que julguemos as pessoas, agora diz que nós podemos remover a "trave." Ele explica a diferença entre o bom e os maus ensinamentos em uma parte posterior de Mateus 7, dizendo que (outro exemplo visual) a boa "árvore" produz bons "frutos" e que a "árvore" má produz maus "frutos."
Então, sabendo que "ensinamentos" e "decisões" são completamente diferentes, digamos que, para todos os efeitos, você esteja tentando "ensinar" a uma jovem lésbica atuante, que ela não está apta para o Reino dos Céus por ter "escolhido o estilo de vida LGBT." Que espécie de "fruto" terá dado a esta pequenina? Mesmo sabendo que alguns muitos cristãos no mundo acreditam que este tipo de "ensino" trará bons "frutos", eu, como homem gay e como testemunha de tantos mais cristãos LGBT que foram feridos por outros cristãos, digo que isto não produz bons frutos. Dizer a alguém que seu amor inato por outro ser humano é pecado ou inferior ao amor inato de outra pessoa por outro ser humano pode ser a notícia mais prejudicial de sua vida enquanto pessoa.
Ponha-se na pele de uma pessoa LGBT. Imagine-se como uma mulher (sendo lésbica, travesti ou transexual feminina) ou um homem (sendo gay, travesti ou transexual masculino), que sonha com um futuro, fazendo todas as coisas que casais heterossexuais fazem (tendo filhos, mãos dadas, envelhecendo juntos). Depois chega uma pessoa mais velha, olha-o de cima para baixo e diz que esse tipo de futuro não é para você, pois, por algum motivo é errado.
Enquanto passa pela cabeça desse/a irmã/o ter o/a salvado de uma vida de fracassos sexuais e relacionamentos trágicos, suas palavras na realidade o/a jogarão ainda mais nesses relacionamentos fracassados e trágicos. Se os líderes cristãos anti-LGBT não se detivessem apenas nesses ensinamentos ruins, poderiam em um piscar de olhos salvar a vida de um ou uma jovem LGBT em situação de risco. Jesus nos diz para remover a trave de nosso próprio olho. Acredito que essa trave são nossos próprios preconceitos e falta de informação sobre quem as pessoas realmente são. Os blocos de preconceitos nos impedem de saber porque uma pessoa se sente do jeito que se sente. Se removermos esses estereótipos e preconceitos e começarmos a tentar compreender os outros seres humanos como devíamos, poderíamos realmente ajudar as pessoas através do julgamento real de suas tribulações, em vez de tentarmos tratar as orientações sexuais das pessoas como se isso fosse realmente seus verdadeiros problemas.

MOTIVO DOIS
De acordo com a Bíblia, a mudança é necessária para o crescimento.
Basta olhar de onde viemos enquanto sociedade. Fomos capazes de ser racistas, sexistas, comunidade que temia qualquer outro tipo de governo (socialismo, comunismo etc.) como bicho-papão por ter uma visão de futuro com menos julgamentos e que, definitivamente não tinham medo de criticar nosso (ou qualquer) governo.
Acredite ou não, mas a nossa sociedade está se tornando cada vez mais diversificada e muito mais aberta à diferentes culturas. Há um pouco mais de 150 anos atrás, um rapaz negro equivalia a três quintos de um ser humano real, mas agora, têm a oportunidade a uma educação superior e, outras mais opções de carreiras, mesmo em países menos desenvolvidos (É nítido que ainda precisa avançar mais). O que quero dizer, é que acredito que mais frequentemente do que agora as atitudes das pessoas possam mudar. 
Ministros e ministras cristãs e líderes estudiosos da Bíblia estão se perguntando porque tantos de seus jovens deixam a igreja e abandonam os ensinamentos anteriores da Bíblia. É simples. Eles mudaram, e adaptaram-se ao novo mundo, enquanto suas igrejas preferem resistir e estar conforme com as normas antigas. Jesus mesmo deu seu pitaco sobre a mudança da Igreja Cristã em Mateus 9:17:
"Não se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se, mas deita o vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam."
Mais uma vez, com seus exemplos visuais! É uma metáfora, que significa basicamente, que a novidade da sociedade não pode ser confinada em normas, leis e costumes sociais antigas.
O problema é que existem ministros e ministras de "escolas antigas", que cresceram em ambientes onde "pessoas LGBT" realmente não existiam, e, por isso, querem impor para "nova escola", com uma convivência bem maior com pessoas "LGBT", que ser tal "coisa" é errado. Seus amigos são LGBT. Seus personagens favoritos da televisão são LGBT. Seus artistas musicais favoritos são LGBT. É uma batalha perdida contra os LGBT, pois em breve, seremos tão "normais" quanto os heterossexuais. Ufa!
Pergunte a si mesmo... você será um cristão anti-LGBT inflexível frente às crianças? Quer que seus filhos e netos olhem para você com o mesmo desdém que olhamos para nossos avós racistas e sexistas?

MOTIVO UM
Jesus Cristo foi um defensor de relações do mesmo sexo!
Então... se você ainda estiver convencido de que as passagens bíblicas usadas contra as pessoas LGBT tem relevância, se ainda acha que a Bíblia não contém histórias de amor entre pessoas do mesmo sexo, se ainda acha que esmagar o futuro de um garoto ou uma garota LGBT está tudo bem e que nossa sociedade precisa de algumas das "antigas regras" contra essa população, considere isto - o golpe de mestre em qualquer LGBTfobia cristã. Jesus Cristo, o Salvador, de onde vem a palavra "cristã/cristão", foi um dos primeiros verdadeiros aliados das pessoas LGBT. Ufa!!
Dê-me um segundo que te explico.
Em duas passagens do "Bom Livro", Jesus se levanta a favor das pessoas LGBT. Um lembrete: Jesus era um rebelde social ...cuidava dos pobres, ...falava com os não judeus, ...condenava os que feriam as pessoas, ...falava muito sobre o amor por todas as pessoas, ...disse que veio para dar liberdade aos oprimidos em seu primeiro sermão em Lucas 4:18.
Se você não percebeu até agora, a população LGBT é oprimida. Houve um fluxo e refluxo em uma relação de amor e ódio com ela desde o início dos tempos (Veja os pontos altos de aceitação no Renascimento e na Grécia Antiga, e seus pontos baixos na Idade das Trevas e durante o governo da "Antiga Escola da Igreja"), mas em última análise, os tempos atuais tem sido o melhor para as pessoas LGBT. Mas nos tempos bíblicos... não eram assim.
As seguintes passagens mostram a compaixão de Jesus Cristo pelas pessoas LGBT:
  • Mateus 8:5-13: "Jesus cura o servo de um soldado romano"
A história (incluindo o contexto):
Jesus conhece um soldado romano bem humilde; algo completamente estranho, pois, naquela época, Israel era controlado por Roma, e o soldado estava em uma posição muito mais elevada do que um simples andarilho e profeta como Jesus. O soldado fala a Jesus de seu servo doente que esta morrendo. Os Soldados Romanos tinham um número grande de funcionários, assim como nesta história, mas o soldado continua suplicando por este servo doente, pois é especial para ele. Tanto servos quanto escravos eram como propriedades que facilmente poderiam ser substituídas, mas este soldado romano tem uma conexão especial com este servo. Ele se humilha diante de um homem que a maioria dos romanos tomava por charlatão, mas que ele cria que pudesse curar seu servo. Jesus, sabedor de tudo, decide não apenas curar, mas elogiar a grande fé desse soldado.
Muitas pessoas esquecem essas histórias que falam sobre o que Jesus pensou sobre homens que têm "amizades" ou "relações especiais" com outros homens. Em nenhum momento Jesus diz a esse homem que ele não deve "ficar muito próximo deste servo, porque ser gay é errado", mas elogia o homem por pisar fora de sua zona de conforto e agir com fé e amor por seu companheiro.
A próxima passagem é o último prego no caixão da LGBTfobia cristã.
  • Mateus 19:4-5 e 11-12 "Jesus fala de casamento"
A escritura:
Verso 1,2: "Jesus respondeu:" "Não tendes lido que aquele que os fez desde o princípio, os fez homem e mulher" e disse "Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa e os dois serão uma só carne?" "Porquanto o que Deus uniu não o separe..."
Verso 11,12: "Jesus respondeu:" "Nem todos podem aceitar esta palavra, mas só aqueles a quem foi dado. Pois alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos dessa forma por homens; e outros renunciaram ao casamento por causa do reino dos céus. Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido."
Contexto dos termos usados:
Aqui Jesus refere-se a três exceções à exigência de um matrimônio heterossexual, todas "eunucos". Mas, o que são "eunucos"? Eunucos foram altamente classificados, mas socialmente eram homens "desviantes" encarregados de proteger e cuidar do royalty feminino. Para ser o melhor eunuco, o homem nunca poderia deslizar em um relacionamento hétero com uma pessoa do sexo feminino, pois toda a linhagem do reino poderia ficar comprometida. Historiadores bíblicos falam de como muitos eunucos ficavam bem femininos, devido uma castração de qualidade, e, quando voltavam ao convívio social, esses homens detestados tinham pouco ou nenhum interesse em relações sexuais com mulheres. Embora este tenha sido um espírito muito diferente de agora, pode-se ver uma correlação entre a forma como os eunucos eram vistos e como os gay e as travestis são vistas pela sociedade hoje.
Nesta passagem, Jesus Cristo lista três exceções do mandamento para cristãos se envolverem em um matrimônio heterossexual:
(1) Eunucos que nasceram assim;
(2) Eunucos feitos dessa forma pelos homens;
(3) Eunucos que prometem suas vidas a Deus.
A castração era uma prática entre os eunucos. Mas, enquanto muitas pessoas acreditam que todos esses homens não viris eram apenas os castrados, vários dicionários bíblicos entram em detalhes sobre como a castração não era a única maneira de se tornar um eunuco.
Aqui, primeiro Jesus fala dos "eunucos que nasceram assim" e estão isentos do casamento heterossexual. Esses eunucos são supostamente aqueles que não tem "relações" com o sexo feminino, eles nasceram sem atração por mulheres, pessoas LGBT que devem usar a isenção de eunucos "inatos", dado por Cristo para não entrar em um matrimônio heterossexual. Em essência, aqui Cristo diz a seus discípulos que as pessoas nascidas sem atração inata pelo sexo oposto não devem se casar com uma pessoa do sexo oposto.

CONCLUSÃO
Examinai Tudo
Uau!! (Grita cada pessoa LGBT!) Há pelo menos uma, duas ou até mais pessoas que leram até esse ponto e ainda não se convenceram que o Cristianismo não condena explicitamente a homossexualidade. Em outras palavras, algumas pessoas ainda pensam que não há nenhuma passagem explicita na Bíblia que diga "Tudo bem, as pessoas LGBT devem ter relacionamentos matrimoniais." Para eles, digo que, basta olhar para além do próprio entendimento.
Na primeira passagem pró-LGBT de Jesus a mensagem é de ir para fora de sua zona de conforto e agir com amor, você não deve julgar, pois sempre terá preconceitos. Se você for "ensinar" alguém, certifique-se de que seus ensinamentos produzirão bons "frutos", em vez de frutos ruins. E, finalmente, aprendemos com Jesus que não se pode prescrever regras da "velha escola da igreja" para a "nova escola" da sociedade. Se não acredita em mim, basta entender o que Paulo diz em Tessalonicensses 5:20-21:
"Não desprezes todas as mensagens inspiradas pelo Espírito, teste todas elas; Retende o que é bom." Nós, como cristãos, não estamos destinados a ter a mente fechada de 'santo absoluto', mas sim a mente aberta e rápido em compreender e amar as pessoas que são diferentes, sejam quem for. Isso é o que era Jesus Cristo, e, é assim, que os verdadeiros cristãos devem aspirar ser.

Um ensaio de Anthony Ashford.
Fonte: www.religioustolerance.org.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

BRASIL = SODOMA E GOMORRA

 
Todos conhecemos a história de Sodoma e Gomorra. É uma das histórias favoritas usadas pelos cristãos literalistas em sua tática contra as pessoas Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Porém, minha parte favorita é a conversa que Abraão tem com Deus, antes da destruição.
"Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado tem se agravado muito, descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se não, sabê-lo-ei." Gênesis 18:20-21.
"Então viraram aqueles homens os rostos dali, e foram-se para Sodoma, mas Abraão ficou ainda em pé diante da face do Senhor" [22]. "E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio?" [23]. "Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, [e] não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?" [24].

Gênesis 18:26:
"Então disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles."
Gênesis 18:32:
"Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez."

Deus não é mentiroso, evidentemente que destruiu Sodoma e Gomorra por não encontrar pelo menos dez homens justos para poupar a vida dos ímpios.
Após acontecimentos como: a legalização do "matrimônio do mesmo sexo" pelo Supremo Tribunal de Justiça, novelas e comerciais exibirem o amor LGBT e um punhado de projetos de leis sendo apresentadas em Assembleias Legislativas, muitos cristãos começaram um "frenesi de ódio homo" através de seus Facebook, debates, notícias, vídeos e todo qualquer tipo de expressões de comunicação.
Muitos pastores midiáticos têm comparado a nova situação do Brasil com a situação de Sodoma e Gomorra.
O Brasil não é Sodoma e Gomorra por ter avançado nos direitos civis da população LGBT.

O Brasil pode ser comparado a Sodoma e Gomorra porquê...
É o país que mais mata LGBT no mundo;
Porque os políticos estão mais preocupados em enriquecer seus bolsos do que beneficiar sua população;
Porque pastores se tornam milionários barganhando a graça de Deus;
Porque igrejas estão mais preocupadas em construir mega templos do que escolas, abrigos ou hospitais;
O Brasil é Sodoma e Gomorra porque pastores dormem com as ovelhas de suas congregações;
Porque cristãos não concordam com aborto até que sua filha menor ou amante engravidem;
Porque os jovens estão sendo dizimados todos os dias;
Porque pedófilos assumem os púlpitos;
Porque os ricos se negam ajudar aos necessitados;
Porque negros foram escravizados tendo a Bíblia como justificativa;
Porque há mais negros nas prisões do que nas universidades;
Porque você passou a vida inteira indo à igreja, mas ainda não conhece a Deus;
O Brasil é Sodoma e Gomorra porque os cristãos pregam mais o ódio do que o amor.
A maioria dos brasileiros identificam o cristianismo como sua religião escolhida, por isso você está lendo isso, por ser cristão, então por favor pergunte a si mesmo, eu sou um dos cinquenta justos que Deus pode contar para não destruir o Brasil?

Fonte: www.madamprezident.com