terça-feira, 23 de agosto de 2016

EQUIDADE NO AMOR DE DEUS



Primeiramente, deve-se enfaticamente dizer que todos/todas os/as cristãos/cristãs devem ser pessoas amorosas, pessoas que gostam, que demonstram amor, exalam amor, despertam amor, que se comunicam com amor e que se sacrificam por amor. Por quê? Porque Deus é amor, e nós, só podemos amar a Ele, porque Ele primeiro nos amou (1 João 4:18-19), amou, e se entregou por nós na cruz.

Temos todos os motivos para amar os seres humanos, para gastar nosso tempo e energia com eles, afim de que possam ver nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus. É o mínimo que podemos fazer, dado o incrível amor demonstrado à nós, miseráveis pecadores que éramos. De fato, "Mas Deus prova seu próprio amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). As pessoas saberão que somos discípulos de Cristo pelo amor que demonstramos uns aos outros (João 13:35). Infelizmente, não conseguimos imitar o amor de nosso Salvador, e, repetidamente caímos no pecado do não-amar. Que Deus nos dê a graça de superar os preconceitos e autojustiça que nos rouba o amor cristão pelos outros.
Às vezes um clichê pode ser tomado como revelação divina
Um proverbio popular religioso pode ganhar ascendência e, se tornar dogmático mesmo sem apoio bíblico. "Deus ajuda a quem se ajuda", não é encontrado nas Escrituras, por exemplo, mas é um bom exemplo de valor brasileiro. (Spurgeon devia ter razão quando disse que biblicamente o ditado devia ser "Deus ajuda aqueles que não podem ajudar a si mesmos"). O mesmo deve ser dito da noção de que os cristãos devem amar a todos e todas igualmente, sem distinção.
Amor sem Distinção?
Como Deus, em qualquer sentido, os/as cristãos/cristãs devem amar as pessoas em geral, mas, ter ciência, que existem distinções de amor que não são pecaminosas e, realmente refletem o caráter e comportamento do próprio Deus. Devemos amar nossos inimigos e perseguidores, como Jesus disse (Mateus 5:43-48), e, mostrar bondade para com todas as pessoas (É só recordar a História do Bom Samaritano), mas, não é a mesma maneira que amamos e tratamos nossos cônjuges, filhos, igreja entre outras. Há círculos concêntricos que, naturalmente, com razão regem nosso amor. Por exemplo, o amor que tenho por meu ou minha cônjuge é espelhado no amor de Cristo por sua igreja (Efésios 5:25). Cristo ama sua igreja de uma forma diferente, mais íntima e intensamente.

Eles e elas (membros da igreja), afinal, são Suas ovelhas e, Ele as conhece intimamente de uma forma que lobos e mercenários não conhecem (João 10:11-16). Ele deu a vida por sua igreja (Efésios 5:25, João 10:15), e, não há nenhum amor maior que esse (João 15:13). Da mesma forma devemos amar a Cristo, nossos cônjuges, irmãos e irmãs em Cristo de uma forma especial. Mas, será se não estamos discriminando algumas pessoas, por amar os mais próximos e próximas como Cristo fez? Devemos amar todas as pessoas, fazer o bem a todas as pessoas, mas não tão indistintamente? Paulo escreveu a igreja da Galácia para fazer o bem a todas as pessoas, especialmente as da igreja (Gálatas 6:10).
Estabelecendo Distinções

Portanto, estabelecemos distinções, não com base em raça, gênero, religiosidade, identidade sexual, entre outras, (abolida em Gálatas 3:8). Mas, distinções adequadas com base de proximidade, assim com Cristo fez. Antoine de Saint-Exupéry já dizia que nos tornamos eternamente responsáveis por tudo aquilo que cativamos, ou seja, devemos amar a todas as pessoas indistintamente, mas de uma forma diferente os que pertencem a nossos ciclos mais próximos (Aqueles que cativamos: Deus, família, igreja, etc.), o que é natural no ser humano. É natural e bíblico. Uma pessoa que é boa para com os outros, mas, que negligência seus filhos e filhas, é pior que uma pessoa que é boa para seus filhos e filhas e negligência os outros. Por quê? Deus lhe deu obrigações para com seus filhos e filhas, que é maior que todas outras relações. Em outras palavras, nosso amor pelos outros é antenado pelo grau de obrigação moral que temos para com eles/elas. O próprio Deus amou Israel de uma maneira especial, sobre todas as nações da terra.

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