quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A Marca do Sagrado Na Diversidade Sexual e de Gênero (Mateus 22: 15-22).

Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra; E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.
Mateus 22: 15-22


Nossos ouvidos animam-se estranhamente quando ouvimos que os líderes religiosos e políticos (os fariseus e os herodianos) estavam procurando Jesus para prendê-lo. Estamos bastante familiarizados com armadilhas político-religiosas. A situação das "minorias" sexuais e de gênero na África contemporânea é enfeitada com tais armadilhas. A história de outras sociedades não são melhores. Quando ouvimos estas palavras, precisamos entender que Jesus está a ser alvo da mesma forma que frequentemente somos alvo.

     O ardil aprisionamento é uma pergunta sobre impostos. Esta questão não é neutra ou um convite para uma conversa geral do papel do governo na vida de seus cidadãos. Não, essa questão é carregada com a repugnância profunda da Judeia. Pois não é uma pergunta sobre impostos. Pelo contrário, é uma questão sobre corroborar com as forças de ocupação de um governo estrangeiro. A ocupação é a atitude brutal ainda herdada do colonialismo. Significa entrar e impor-lhe a nossa vontade. Popularmente os LGBT foram "ocupados" durante incontáveis ​​séculos como se fossem objetos da imposição das vontades de César e da Igreja (bem como sinagogas, mesquitas, e outras expressões religiosas).

     Jesus pede uma moeda e devolve a pergunta para as pessoas reunidas. "De quem é esta imagem?" Quando uma pessoa da fé judaica começa a falar sobre as imagens sabemos que isso não é uma pergunta simples sobre o retrato e semelhança. Israel foi ordenada por Deus a nunca fazer uma semelhança da divindade, por medo da semelhança ser adorada em lugar do verdadeiro Deus. Por isso, é então que Jesus parece inclinar sua mão."Dê a César o que é de César".

     Então Jesus pressiona: "... e dar a Deus o que é de Deus." Esta é a parte da resposta que nos deixa maravilhados. Enquanto a moeda está impressa com a imagem de César, de acordo com Gênesis 1: 26-31 nossas vidas são impressas com a imagem de Deus. Ao contrastar os dois, Jesus chama a nossa atenção para o que exige César de nós e o que Deus oferece para nós.  Onde César exige uma libra de carne, Deus provê amor. Onde César humilha e institucionaliza a discriminação, Deus oferece dignidade e valor. Onde César procura roubar-nos e promover o seu ganho, Deus nos sustenta para promover nosso ganho. 

     Os Queer tem uma dança folclórica com um César desagradável e feio. A colaboração entre a religião e a política no nosso tempo atrasa a igualdade, nega a dignidade ao nosso amor, questiona a nossa humanidade à luz das nossas expressões sexuais e continua a reforçar a atitude de ocupação do nosso amor e da nossa vida. Jesus chama-nos a ignorar César e nos imprime para recomeçar. Uma marca que tem em nós a marca da diversidade sexual e de gênero.

Fonte: http://thebibleindrag.blogspot.com.br/

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