terça-feira, 12 de maio de 2015

CASAIS SORODISCORDANTES


Estes últimos anos têm sido cruciais para a comunidade LGBT. Em vários países, a igualdade de direitos e o reconhecimento na sociedade são quase tangíveis. Enquanto que em outras sociedades, a marginalização e a discriminação estão na ordem do dia. Dentro deste panorama de mudanças sociais que se tornam mais visíveis, não é de si estranhar que vários tabus desapareçam e tornem-se parte de uma diversidade mais aceita. Um desses casos seria a de relações soro-discordantes, aquelas que são moldadas por uma pessoa HIV positivo e uma HIV negativo. 
Ter HIV não é motivo para se fechar para a possibilidade de amar e ser amado. Mas amar alguém é proteger e cuidar. Por isso, o ideal é que esses casais mantenham sua sorodiscordância em status, evitando danos a saúde dos não utentes. Para evitar a transmissão do vírus, deve-se ter em conta uma série de precauções.  
A comunicação dos parceiros é importante (isto não deve ser algo exclusivo para casais sorodiscordantes). Não seria justo não saber o status de HIV de seu parceiro(a). Além disso, serve para fortalecer os laços e gerar um espaço de confiança e compreensão.  
A pessoa HIV+ deve se tratar com uma boa adesão. Este compromisso com o tratamento traz como resultado uma carga viral mais baixa nos fluidos, tais como sangue e sêmen, por conseguinte, um menor risco de infecção. Enquanto em tratamento, excluir a possibilidade de praticar bareback (sexo sem preservativos). O sexo seguro não deve ser opcional. O preservativo ainda é uma grande barreira preventiva na transmissão das DST e HIV-AIDS.  
A circuncisão masculina também é uma boa alternativa para evitar a propagação do HIV em homens homossexuais com um papel ativo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infectividade do HIV é 60% menor em homens circuncidados. A circuncisão reduz também o risco de transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis tais como gonorreia ou sífilis.  
Os testes de HIV devem ser realizados periodicamente. O ideal é que seja feito a cada seis meses para verificar se você contraiu o vírus. Há também a pré profilaxia e a pós profilaxia que reduz significativamente o risco de contágio, o que é sempre latente.
Pessoas soropositivas podem manter uma vida sexual saudável e responsável, quer com os seus parceiros românticos ou qualquer outra pessoa que escolham. Sim, comunicar o seu estado e tomar as precauções adequadas são responsabilidades que incumbem a todos, soropositivos ou soronegativos.

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