quinta-feira, 2 de abril de 2015

"ODEIO A RELIGIÃO, MAS AMO JESUS".


Entendo totalmente a aversão a religião por parte de algumas pessoas.
Também não gosto da igreja ter-se tornado mais um programa de modificação de comportamento e um sistema de pureza do que um lugar onde possamos ouvir a verdade de quem é Deus e a verdade do que somos por causa de quem é esse Deus.
Também me ressinto da maneira em que o termo "cristão" tornou-se sinônimo de uma agenda social conservadora e de exclusão dos fracos, pobres entre outros marginalizados (ou seja, o povo que Jesus escolheu). 
Também rejeito a religião que faz pouco mais do que sustentar uma identidade de santificação e de justiça com base na adoção de um determinado afeto, estilo, personalidade e maneira de falar. 
Também acho que Jesus é sobre a graça de estar com os marginalizados de uma forma ilimitada em que Deus está sempre se chegando até nós.
Mas...
Acredito que a religião possa ser bonita. Para cada guerra que começou quantos hospitais foram construídos? Quantas crianças encontraram casas? Quantas pessoas acharam uma comunidade? Como muitas organizações sem fins lucrativos foram criadas para servir os pobres? Quanta beleza criada?
Há muito a confessar. Confesso que a Igreja tem feito muitas vezes um trabalho dedo-pobre sendo o corpo de Cristo. Temos nos preocupados muitas vezes mais com a manutenção de práticas de exclusão do que sermos a beleza transgressora do Evangelho. Mas nós ainda somos chamados a ser membros uns dos outros, morrer por causa do mundo. A igreja ainda é chamada para pregar o Evangelho e administrar os sacramentos. Se não fizermos isso... quem fará? a Macdnald? a Coca-cola? Wall Mart? Resposta: ninguém. Esse é o nosso trabalho.
Então... Acredito na religião e em Jesus. Acredito no Evangelho. Acredito na transformação. Acredito que eu só posso saber o que Jesus é quando aprendo com pessoas que nunca escolheria a partir de um catálogo, quando todos nos reunimos como parte do Corpo abençoado de Cristo em torno da refeição eucarística. Acredito que eu sou um problema, pelo menos, tão frequentemente quanto sou a solução. Acredito que participar das tradições sagradas têm muito mais inteira integridade do que qualquer coisa que eu pudesse chegar. Acredito que preciso de alguém para anunciar o perdão dos pecados para mim, porque não posso fazer isso por mim mesmo. Creio que Jesus está realmente presente na fração do pão e que, quando duas ou mais pessoas estão reunidas ele está lá. Isso é religião e Jesus. Que Deus nos faça dignos de tudo.

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