sábado, 31 de janeiro de 2015

TAILÂNDIA ESTUDA CRIAR UM TERCEIRO SEXO

TAILÂNDIA ESTUDA RECONHECER UM TERCEIRO SEXO NA CONSTITUIÇÃO. AS TRANSEXUAIS QUE NÃO SE READEQUARAM COMPLETAMENTE, AS CHAMADAS DE  LADYBOYS, "METADE HOMEM E METADE MULHER", CONSTITUIRIA UMA NOVA CATEGORIA SEXUAL.


Tailândia dá um passo adiante em matéria de transexualidade, com a intenção de incluir em sua Constituição um possível terceiro gênero e escolhem o fenômeno das ladyboys, pessoas que começaram sua transição para o sexo feminino, mas ficaram no meio do caminho entre o ele e o ela. É o sujeito submetido a terapia hormonal e a cirurgia da mama, mas que mantêm os órgãos genitais.


A nova constituição reconhece as transexuais como outro gênero diferente do feminino ou masculino. A comissão responsável pela elaboração é um grupo selecionado pelo governo militar que tomou o poder de Estado em maio passado, começou a trabalhar neste novo projeto que pode ser aprovado em agosto.  
"Se formos reconhecidas, talvez as pessoas como nós possam viver como uma pessoa normal e ter um emprego normal, qualquer que seja a aparência. Eu gostaria de ser uma comissária de bordo, médica ou outra coisa que as mulheres podem fazer", diz Ni, transexuais 28 anos.

Tailândia é conhecida mundialmente por sua indústria do sexo. Apesar de ter um grande número de transexuais e ladyboys em sua população, sua sociedade é altamente discriminatória com estes grupo. Até 2011, o Ministério da Defesa as considerava "pessoas com problemas psicológicos crônicos." As kathoey, nome tailandês para homens com aparência de mulheres, são muitas vezes ridicularizadas ou rejeitadas por suas famílias, e vetadas do acesso ao emprego, independentemente de sua educação, muitas são empurradas para a prostituição.
O principal problema para este grupo é que o governo tailandês não permite alterar a designação de gênero em sua identidade, por isso, muitos empregadores preferem contratar. 'empregados normais'. "Esta discriminação faz com que o as pessoas trans procurem o trabalho sexual para sobreviver, porque há homens que são fascinados com seu corpo e não querem validar sua identidade feminina para fazer esse trabalho", diz Jamuson Verde, presidente da Associação Mundial Profissional para Transgender Health.

Outro problema surge quando viajam para o exterior, pois em seu passaporte aparecem como homens, mas sua aparência é feminina quando vão até o balcão da imigração. "Eu sou uma mulher, mas o meu RG diz que sou um homem. Se algum dia me barrarem, irei para a prisão de homens. Se eu for ao hospital, durmo com os homens", disse Nitsa Katrahong.
No projeto da nova Constituição, no entanto, não será possível a mudança de gênero nos documentos oficiais, pois considera a criação de um novo gênero para transexuais e ladyboys"Nós podemos adicionar um novo gênero, mas não alterar o seu sexo de nascimento" diz Kamnoon Sidhisamarn porta-voz da comissão de elaboração. O objetivo é defender os direitos humanos e acabar com a discriminação deste grupo com uma medida que iria contra os detratores que não as consideram e nem as aceitam como mulheres.


Além disso, o documento não menciona a diversidade de orientação sexual, e não reconhece quaisquer direitos de gays, lésbicas e bissexuais.
Se o projecto de Constituição for legalizado em agosto, será um grande avanço legal.  Tailândia aceitará um terceiro gênero que outros países asiáticos já fazem: ÍndiaPaquistão e Nepal. Um gênero que foi batizado com o termo genderqueer (intergênero).

FONTE: http://shangay.com/tailandia-plantea-un-tercer-sexo-las-ladyboys

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